INDICAÇÃO
Cotado para o STF, Pacheco diz que decisão cabe a Lula
Senador pode ocupar cadeira deixada por Roberto Barroso

Por Anderson Ramos

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse se sentir "honrado" e "contente" por ser lembrado para ocupar a cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga aberta com a saída de Luís Roberto Barroso.
Em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira, 16, o parlamentar preferiu evitar especulações e reforçou que a escolha depende exclusivamente da indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"São manifestações que surgem e eu fico obviamente muito honrado e muito satisfeito que elas existem por parte daqueles que convivem comigo e conhecem o meu trabalho no Parlamento igualmente pessoas vinculadas à Justiça, do próprio Supremo Tribunal Federal, que têm reconhecimento e apreço por mim, mas são manifestações. Essa é uma decisão do presidente da República que deve ser respeitada qualquer que seja ela", disse em entrevista a jornalistas.
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Ao comentar sobre a vaga no Supremo, Pacheco destacou uma declaração de Flávio Dino, indicado por Lula ao Supremo: "Me lembro do ministro Flávio Dino dizendo, e parafraseando alguém que agora não me lembro, dizendo que não se faz campanha para isso, mas ao mesmo tempo não se recusa o convite", afirmou.
Pacheco também disse ter uma boa relação com Lula. Segundo ele, na última conversa entre os dois, o chefe do Executivo defendeu que Pacheco se candidate ao governo de Minas Gerais. "Fico muito honrado por esses incentivos que ele dá para a candidatura no estado", afirmou.
O senador ressaltou, no entanto, que ainda definirá sobre o seu destino político. "Não há nada definido. O compromisso que eu tenho é com o meu mandato no Senado, mais um ano e meio no Senado Federal. É o que nós temos para hoje", declarou.
Aposentadoria de Barroso
O governo Lula oficializou nesta quarta-feira, 15, a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do Diário Oficial da União (DOU).
A saída do magistrado da Corte só começa a ser contada a partir do próximo sábado, 18, segundo consta no documento. Barroso anunciou sua saída na quinta-feira passada, 9, durante sessão plenária marcada por emoção.
A decisão de Barroso em deixar a Suprema Corte ocorreu um mês após ele deixar a presidência do Judiciário. O ministro deixou a cadeira no dia 29 de setembro.
Barroso, atualmente com 67 anos, opta por deixar o STF por vontade própria, já que a aposentadoria compulsória ocorre aos 75 anos.
O ministro já vinha dando sinais de que pretendia deixar a Corte nas últimas semanas em declarações públicas, o que impulsionou as apostas de eventuais sucessores.
Entre eles, além do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estão o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas.
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