POLÍTICA
Saiba quem foram os ministros que Lula indicou para o STF
Com aposentadoria de Luís Roberto Barroso, o presidente prepara sua 11ª indicação

Por Flávia Requião

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá nomear seu 11º ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF), após Luís Roberto Barroso anunciar sua aposentadoria durante a sessão de quinta-feira, 9.
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Confira a lista de ministros indicados por Lula no STF:
- Joaquim Barbosa (Joaquim Benedito Barbosa Gomes) – 2003
- Cezar Peluso (Antonio Cezar Peluso) – 2003
- Ayres Britto (Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto) – 2003
- Menezes Direito (Carlos Alberto Menezes Direito) – 2004
- Eros Grau (Eros Roberto Grau) – 2004
- Cármen Lúcia (Cármen Lúcia Antunes Rocha) – 2006
- Ricardo Lewandowski (Enrique Ricardo Lewandowski) – 2006
- Dias Toffoli (José Antonio Dias Toffoli) – 2009
- Cristiano Zanin (Cristiano Zanin Martins) – 2023
- Flávio Dino (Flávio Dino de Castro e Costa) – 2024
A indicação mais recente do presidente foi Flávio Dino, que deixou o Ministério da Justiça para assumir a vaga de Rosa Weber em fevereiro de 2024. No mesmo mandato, Lula também nomeou Cristiano Zanin, seu ex-advogado, em 2023.
Apesar de já ter feito 10 indicações, Lula não é o presidente que mais nomeou ministros do STF. O petista ocupa o quarto lugar no ranking histórico:
- Getúlio Vargas – 21 ministros
- Floriano Peixoto – 15 ministros
- Manoel Deodoro da Fonseca – 15 ministros
- Luiz Inácio Lula da Silva – 10 ministros
Como é o processo de indicação de novos ministros para o STF
A nomeação de um ministro do STF começa com a indicação do presidente da República, que tem ampla liberdade para escolher o candidato.
Embora a Constituição defina critérios básicos, a escolha envolve também análises de perfil técnico, alinhamento institucional, equilíbrio entre correntes jurídicas e representatividade.
Requisitos constitucionais do candidato:
- Brasileiro nato
- Idade entre 35 e 75 anos
- Saber jurídico
- Reputação ilibada, isto é, reputação impecável
Após a indicação, o nome é enviado ao Senado Federal, onde o processo é inicialmente analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), composta por 27 senadores.
Na CCJ, ocorre a primeira votação, que exige maioria simples, ou seja, metade mais um dos presentes.
Se aprovado, o candidato segue para o plenário do Senado, onde a confirmação requer maioria absoluta, ou seja, pelo menos 41 votos.
As votações são secretas, e a rejeição é extremamente rara. O último caso registrado ocorreu no século XIX, no governo de Floriano Peixoto.
Com a aprovação do Senado, o nome retorna ao Palácio do Planalto, e o presidente assina o decreto de nomeação, que é posteriormente, publicado no Diário Oficial da União, oficializando a entrada do novo ministro no STF.
Composição do STF
O STF é formado por 11 ministros, responsáveis por assegurar o cumprimento da Constituição brasileira.
A Corte julga, por exemplo, questões constitucionais e acompanha a atuação dos Poderes Executivo e Legislativo. Não existe um prazo determinado para a indicação dos ministros.
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