INSEGURANÇA
Senadores temem estado de saúde mental de Marcos do Val
Parlamentares defendem o afastamento do colega das atividades no Senado
Por Redação

Senadores estão temendo pela própria segurança e defendem o afastamento de Marcos do Val (Podemos-ES). Segundo relatos feitos ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), colegas de plenário mencionaram que Do Val costuma se gabar de andar armado, e que, com frequência, exibe a interlocutores uma grande quantidade de medicamentos controlados que afirma tomar diariamente.
Segundo o jornalista Octavio Guedes da Globonews, o incômodo foi relatado durante uma reunião reservada com Alcolumbre, realizada na quarta-feira, 6.
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De acordo com o jornalista, a solução que mais agradou aos presentes foi recorrer das medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, ao mesmo tempo, abrir caminho para uma licença de 180 dias a Marcos do Val, sob o argumento de que ele precisa de tratamento médico.
A estratégia foi confirmada horas depois pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), e por Cid Gomes (PDT-CE), que anunciaram que o Senado vai recorrer ao STF para tentar reverter parte das medidas — como o bloqueio de salário e da cota parlamentar do senador. Em paralelo, a Casa analisará uma representação que pode resultar no afastamento de Do Val.
No caso de Do Val, a avaliação entre líderes é que a situação ultrapassou os limites do confronto político e entrou no terreno do imprevisível. E, por isso, o afastamento passou a ser tratado também como medida preventiva.
Alvo da PF
Marcos do Val foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã da última segunda-feira, 4, no aeroporto de Brasília.
A ação policial foi ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo parlamentar.
A instalação do equipamento ocorreu após Do Val ter desobedecido medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que o impedia de sair do Brasil, e passar cerca de 10 dias nos Estados Unidos durante o recesso parlamentar.
Em nota, o parlamentar afirmou que viajou “com toda a documentação diplomática e consular plenamente regular” e disse que a saída do país foi informada antecipadamente ao STF, ao Ministério das Relações Exteriores e ao Senado Federal.
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