ANISTIA 'LIGHT'
Sóstenes 'dá para trás' e inelegibilidade de Bolsonaro fica para depois
Líder do PL na Câmara afirmou que o próprio Jair Bolsonaro (PL) autorizou a retirada desse tópico do projeto

Por Redação

O deputado federal e líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), admitiu, nesta quinta-feira, 18, que ficará para outro o momento a discussão quanto a reversão da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no âmbito do projeto de lei da anistia que será apresentado no Congresso.
O parlamentar liberal, ligado a ala mais radical do bolsonarismo, é um dos defensores de uma anistia ampla, geral e irrestrita para o ex-mandatário. Mas, de acordo com ele, em entrevista à CNN Brasil, foi o próprio Bolsonaro quem o autorizou a retirar a elegibilidade do projeto, cujo relator será o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
"Esse tema será discutido em outro momento"
De acordo com o parlamentar, o assunto só deve ser tratado quando o ministro Kássio Nunes Marques assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em junho de 2026. Sóstenes pontuou que o mérito sobre o tema da anistia será ainda discutido com Paulinho.
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PL da Anistia: aprovação com urgência
A Câmara dos Deputados aprovou na calada da noite de quarta-feira, 17, o requerimento de urgência para tramitação célere do projeto de lei que concede anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023. A medida também concede perdão às motivações políticas ocorridas desde o dia 30 de outubro de 2022.
A votação anunciada às 20h30, depois de uma reunião com líderes, se arrastou durante quase toda a noite de quarta-feira, 17. Após longas discussões e gritos de protesto contra e a favor da medida, a urgência passou para uma nova fase, com placar de 311 votos a 163 e 7 abstenções.
Com a aprovação, o documento terá a tramitação acelerada. "Para que a Câmara possa dar um grande sinal de que tem compromisso com o Brasil, com às instituições e buscar o melhor caminho através da democracia”, disse na ocasião o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). A urgência foi fruto do projeto de lei do deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ).
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