POLÍTICA
Trama golpista: Mourão depõe como testemunha nesta sexta
Audiências do STF ocorrem até o dia 2 de junho
Por Redação

O senador e ex-vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), será ouvido nesta sexta-feira, 23, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no processo que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022.
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Mourão dará depoimento como testemunha do ex-ministro general Augusto Heleno. No entanto, por ser indicação de Jair Bolsonaro (PL), Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, as defesas desses também farão perguntas ao senador.
Apesar de não ser citado na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Mourão disse, em declarações anteriores, que o plano de golpe era “sem pé nem cabeça” e feito por um pequeno grupo de militares que “escreveram bobagem”.
“É importante que as pessoas compreendam que tentativa de golpe tem que ter apoio expressivo das Forças Armadas. […] Aqui no Brasil não houve nenhum deslocamento de tropa, essas pessoas nem tinham comando de tropa”, afirmou.
“É crime escrever bobagem? Vou deixar para os juristas, vamos discutir isso. Eu vejo crime quando você parte para a ação”, afirmou em novembro de 2024, no podcast “Bom Dia, Mourão”.
Além do ex-vice-presidente, nove testemunhas devem ser ouvidas nesta sexta. Dentre elas, está também o atual comandante da Marinha, Marcos Olsen, que responderá à defesa de Almir Garnier.
O deputado federal e ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Aldo Rebelo, também irá depor, arrolado pela defesa de Garnier. No ano passado, ele disse, em entrevista a veículos de imprensa que a tentativa de golpe era uma “fantasia” entoada por petistas para manter viva a polarização política.
As oitivas foram divididas em dois turnos: a partir das 8h, serão ouvidos os indicados por Ramagem e uma testemunha de Braga Netto; à tarde, às 14h, será a vez das testemunhas de Heleno e Garnier.
Audiências e trama golpista
As audiências estão ocorrendo por videoconferência e devem seguir até o dia 2 de junho. Já foram ouvidas nesta semana as testemunhas de acusação (PGR) e de delator (tenente-coronel Mauro Cid).
Em março, Bolsonaro e mais sete denunciados por tentativa de golpe de Estado viraram réus no STF. Eles respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
As provas da denúncia da PGR e no relatório da Polícia Federal foram adquiridas por meio da delação premiada assinada por Mauro Cid.
De acordo com a PGR, Bolsonaro tinha conhecimento do plano intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, que continha o planejamento e a execução de ações para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
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