APÓS ESCÂNDALO
Vai embargar? Ministra de Lula se posiciona sobre CPMI do INSS
Iniciativa foi apresentada pela bancada de oposição, mas conta com apoio de governistas
Por Redação

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, demonstrou posicionamento contrário às tentativas de instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Congresso Nacional. A iniciativa foi apresentada pela bancada de oposição.
Para Gleisi, a criação do colegiado pode embaraçar as investigações sobre as fraudes do órgão, escancaradas pela Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), por meio da Operação Sem Desconto.
“Uma CPMI, no ambiente de exploração política em que está sendo proposta, pode comprometer o sucesso da investigação policial, que deve permanecer protegida de interferências externas e do vazamento de informações. Também pode atrasar o ressarcimento das vítimas, já que sua duração está prevista para seis meses, impactando nas medidas já em curso”, disse a ministra.
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As declarações da deputada federal licenciada foram feitas após uma reunião entre o presidente Lula (PT) com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT).
CPMI do INSS
Apesar de ser orquestrada pela bancada de oposição, a possibilidade de instalação do colegiado já tramita no Congresso Nacional. O primeiro a assinar o requerimento foi o senador Fabiano Contarato (PT-ES).
A ação foi anunciada durante audiência com o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, pelo líder do PT no Senado Federal, Rogério Carvalho (PT-SE). Contudo, a orientação do Palácio do Planalto é para que os governistas não apoiem a medida.
Assinaturas
Na Câmara dos Deputados, o documento contou com 223 deputados assinaturas para a instalação da CPMI do INSS. Do total das rubricas, 113 parlamentares que assinaram são da base do governo Lula (PT).
Veja como os partidos assinaram
União Brasil: 35 assinaturas;
PP: 23;
Republicanos: 20;
PSD: 17;
MDB: 14;
PSB: 4.
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