TARIFA ZERO?
VLT Salvador: Bahia negocia com empresas para evitar tarifa alta
Em coletiva, governador deseja evitar concorrência entre coletivos e VLT em Salvador

Por Flávia Requião e Yuri Abreu

Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 17, em visita às obras do VLT de Salvador, no bairro da Calçada, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), explicou como estão as negociações com as empresas de ônibus para custear o novo modal.
A medida tem o intuito de evitar que haja concorrência de linhas com o modal de transporte, a exemplo do que ocorre com o metrô, impedindo que o custo dos sistemas fique caro para o Estado, para o município, e mais especialmente, para a população.
O petista ainda falou sobre a tarifa zero no transporte público, ao comentar um estudo que está sendo realizado pelo governo Lula para subsidiar o sistema. Neste caso, apesar do já manifestado desejo por parte do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em implementar o plano em 2026, o ministro da Casa Civil, Rui Costa — que esteve presente na visita de hoje — afirmou que dificilmente ela aconteceria este ano.
"O Estado quando fez o metrô assumiu uma responsabilidade de compartilhar a conta. Mesmo botando o investimento à mesa, sentei com o prefeito Bruno Reis, pedindo que a gente pudesse sentar à mesa, os dois entes, para que a gente não possa fazer um investimento desse e depois ficar tendo concorrência, como acontece hoje no metrô", comentou Jerônimo.
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"Então, fica caro para a gente, fica caro para a prefeitura, fica caro para o passageiro. Sobre a tarifa zero, o governo Lula está falando sobre e não podemos ir contra", acrescentou.
Diálogo com as empresas metropolitanas
Na ocasião, o governador foi questionado sobre o diálogo com as empresas de ônibus que, constantemente, se queixam da diferença no repasse entre o que eles recebem e o metrô — recentemente, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), afirmou que essa razão estava 61% para o metrô e o restante para os ônibus.
"Nós temos uma responsabilidade com as empresas metropolitanas. A gente dialogou bem, criamos e apresentamos a proposta. O diálogo entra a Prefeitura e o Estado, a gente precisa realmente prezar, porque tem investimentos e não dá pra gente poder criar ambiente de competitividade", afirmou.

"Agora com a rodoviária, vamos ter que fazer um outro diálogo, porque vai haver tanto por parte dos ônibus que vêm de outros estados interestaduais, intermunicipais, mas os que rodam na região metropolitana, nós teremos que continuar amadurecendo essa relação", finalizou o governador.
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