POLÍTICA
Wagner rebate aliados após aprovação de PL que reduz pena de Bolsonaro
Senador Jaques Wagner (PT-BA) é líder do governo na Casa

Por Yuri Abreu

O senador e líder do governo Lula (PT) na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), reagiu após ser alvo de críticas de aliados pela aprovação, na quinta-feira, 18, da PL da Dosimetria — o texto, que segue para a sanção ou veto do presidente, pode beneficiar, entre outros, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Apesar de ter votado contra o projeto de lei, a articulação de Wagner foi questionada, por exemplo, pela ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann. Em uma postagem no X (antigo Twitter), ela chamou a decisão do Congresso de "grave retrocesso".
"A redução das penas de Jair Bolsonaro e demais golpistas, aprovada agora à noite no Senado, é um desrespeito à decisão do STF e um grave retrocesso na legislação que protege a democracia. A condução desse tema pela liderança do governo no Senado na CCJ foi um erro lamentável, contrariando a orientação do governo que desde o início foi contrária à proposta", escreveu.
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"Farsa!", disparou Renan
Outro ataque ao senador petista partiu do colega de Casa, Renan Calheiros (MDB-AL). O parlamentar afirmou que recebeu a informação do próprio Wagner de que aceitaria a aprovação do PL da Dosimetria, em troca do apoio da oposição ao projeto que eleva a tributação de bets e fintechs.
“Há pouco veio aqui o líder do governo no Senado Federal dizer a mim que ele concordava em deixar votar a matéria porque queria votar o PL que iria elevar as alíquotas de bets e de fintechs. Eu não concordo com isso. Isso é uma farsa e eu não concordo com isso”, disse Renan.
"Não me arrependo", diz Wagner
Após as críticas, o senador Jaques Wagner reagiu, afirmando que "não se arrepende" de ter feito o acordo com a oposição.
“Não me envergonho do que fiz, estou muito tranquilo na condução da minha liderança e acho que o que a gente fez foi simplesmente colocar em votação aquilo que está para ser votado”, declarou o senador no plenário.
Contudo, ele admitiu ter feito o acordo sem consultar o Palácio do Planalto. Wagner disse ainda que não havia motivo para “empurrar com a barriga” o texto que já seria aprovado pela CCJ.
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