ORGULHO LGBT+
"A linguagem se transforma", diz artista LGBT sobre pronome neutro
Artista esteve na parada do Orgulho LGBT+, na Barra
Por Larissa Falcão e Vinicius Portugal | Portal Massa!
Linguagem e pronome neutro são dois assuntos bastante polêmicos que geram discussões em diversas áreas da sociedade. De um lado, há pessoas que não aceitam essa forma de comunicação, já de outro, há quem considere uma forma de inclusão. É o caso de Beni Costelo, que esteve na parada do Orgulho LGBT+, neste domingo, 8, na Barra, e deu sua opinião sobre o assunto ao Grupo A TARDE.
"A linguagem é viva e se transforma, e a linguagem neutra é uma alternativa ao que já está imposto. O inglês, por exemplo, utiliza o neutro. No Brasil, percebemos a linguagem se transformando ao longo do tempo, e a linguagem neutra é uma forma de incluir pessoas que não se identificam com o sistema binário, que impõe o homem ou a mulher. Então, considero que a linguagem neutra inclui", afirmou Beni. No entanto, ele acredita que essa conquista ainda não é para agora, pois depende de uma evolução das pessoas.
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Já Laís comentou que, apesar de ter sido relutante com a linguagem e o pronome neutro no passado, mudou de opinião quando percebeu que essa forma de comunicação faz diferença e traz um sentimento de pertencimento para outras pessoas, sem interferir na sua vida.
"Eu já fui relutante com isso, mas, para mim, não faz diferença, enquanto para outras pessoas faz. Não me custa nada falar no neutro e usar a linguagem neutra. Se isso importa para algumas pessoas, por que eu não faria? Não vai mudar nada na minha vida, mas na de outras pessoas pode fazer uma grande diferença. Então, acho que é importante sim. Talvez eu não entenda completamente, mas para elas importa, e isso basta", avaliou Laís.
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Para Laís, essa forma de se expressar ainda não é bem aceita por conta do preconceito, inclusive dentro da própria comunidade LGBTQIAPN+. No entanto, ela acredita que é fundamental se colocar no lugar dessas pessoas, que enfrentam desafios semelhantes aos que outros membros da comunidade já enfrentaram, e lutar para garantir os direitos de todos.
"Acredito que exista preconceito, mas precisamos aceitar. Tudo é uma luta. Nós lutamos para conquistar nossos direitos, e essas pessoas também merecem ser representadas e ouvidas. Não podemos ter preconceito, especialmente dentro da própria comunidade. Um dia, lésbicas e gays também foram menosprezados, então não podemos diminuir a importância dessa luta", destacou Laís.
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