CRIME
Falso sequestro: homem tenta extorquir família e é preso em Salvador
Suspeito simulou cativeiro para pedir R$ 2 mil e gastou dinheiro em drogas

Por Redação

Um homem de 29 anos foi preso em flagrante nesta terça-feira, 18, em Salvador, após tentar extorquir a própria família por meio de um falso sequestro. A ação foi registrada no bairro de Pernambués e contou com a participação de diversas unidades da Polícia Civil, como parte da Operação Escudo das Marias, voltada à proteção de mulheres e ao cumprimento de mandados de prisão.
Segundo a investigação, o suspeito, após perder dinheiro com drogas e apostas online, decidiu simular seu próprio sequestro para obter R$ 2 mil de familiares. Para criar a ilusão de estar em perigo, ele utilizou o temporizador do celular para produzir fotos em que aparecia amarrado ou rendido, enviadas para a companheira e para a mãe, junto a “exigências de pagamento e ameaças fictícias”.
A abordagem policial ocorreu durante uma diligência da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam/Casa da Mulher Brasileira), que cumpria um mandado de prisão relacionado à violência doméstica.
O trabalho contou com o apoio do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV) e do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC). O suspeito foi localizado em um quarto de hotel, mas não era o alvo original da ação.
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Ao ser interrogado, o homem confessou que o sequestro nunca ocorreu. Ele explicou que, sem dinheiro para deixar o hotel, vendeu o próprio celular em um centro comercial para receber dinheiro em espécie e, com o valor obtido, hospedou-se em outro estabelecimento, permanecendo consumindo drogas e incomunicável, enquanto a família acreditava que ele corria perigo.
O suspeito foi autuado por extorsão e consumo pessoal de drogas. Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, ele passou pelos exames de praxe e permanece à disposição da Justiça.
A Operação Escudo das Marias reforça a integração entre unidades da Polícia Civil para a proteção de mulheres, cumprimento de mandados, localização de foragidos e enfrentamento de crimes conexos, “incluindo situações com potencial de escalonamento violento no contexto doméstico e familiar”.
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