QUEIXAS
Mães denunciam caos para realizar matrícula nas escolas de Salvador
Falta de atendimento da secretaria também é alvo de críticas das mães
Por Redação
A distribuição eletrônica das vagas para o Ensino Infantil e Fundamental nas escolas municipais em Salvador tornou-se alvo de denúncias de mães e pais que se queixam das dificuldades para acessarem o serviço.
Nas redes sociais, são inúmeros relatos de mães que encontram alguma barreira: seja para o ato da matrícula do seu filho ou até mesmo para tirar alguma dúvida com a Secretaria Municipal de Educação (SMED).
“É um absurdo o que está acontecendo em relação às matrículas. Ano passado várias crianças ficaram sem estudar por falta de vaga. Esse ano vai acontecer o mesmo? Eles [a Secretaria] simplesmente não dão satisfação de nada deixam as mães a ‘migué’. Vamos ligar para pedir informações e são estranhamente mal educados”, denunciou uma mãe nos comentários da rede social da pasta.
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Em contato com o Portal A TARDE, Tatiane Novais, moradora do bairro de Fazenda Grande do Retiro, que tentou uma vaga para seu filho no 2º ano do ensino fundamental, afirmou que os problemas relacionados à matrícula estudantil se repetem em todos os anos.
“A dificuldade em relação à matrícula na rede municipal já se arrasta há anos. Disponibilizam poucas vagas, muitas crianças ficam sem estudar por não conseguir serem matriculadas. Esse ano, consegui matricular meu filho, mas com muito custo. Não temos amparo nenhum da secretaria”, disse.
Um dos alvos da reclamação, é o sistema utilizado pela gestão tanto para a realização da matrícula dos novos alunos assim como para as vagas residuais, abertas na quarta-feira passada, 22. Ainda nos comentários das redes sociais, mães reclamam de não conseguir acessar o sistema.
“Sistema fora do ar desde o dia 22/01, hoje o sistema permanece fora do ar? E as crianças que estão na fila de espera? A escola alega não ter vaga. Faz como? Vocês não tomam providências”, indaga uma.
“O site tem dias em manutenção e não conseguimos acessar para ver se a criança foi contemplada”, diz outra.
Já outra mãe, que se mudou de Minas Gerais para morar em Salvador no ano passado, criticou a falta de comunicação da pasta referente ao processo. A mulher chegou a se dirigir a escola mais próxima da sua casa, e não conseguiu matricular a filha.
"Vim de Minas Gerais para cá [Salvador] no final de dezembro. Fui até a escola mais próxima da minha residência para tentar realizar a matrícula, lá fui orientada a entrar em contato com a secretaria municipal de educação para saber como eu deveria fazer. Entrei em contato e me orientaram a ir até a escola novamente hoje, dia 27 de janeiro, para cadastrar e realizar a matrícula, entretanto, na escola não conseguimos realizar o cadastro (muito menos em casa, pois o sistema está intermitente), e segundo a diretora não iria adiantar pois não tem vaga nessa escola para o 3° ano fundamental. Vim de outro estado, não conheço ninguém, praticamente, e minha filha ficará sem estudar?", escreveu.
E complementou: "Liguei novamente na secretaria e a pessoa que me atendeu, além de ter sido super grossa, não me ajudou em exatamente nada. Quanto despreparo de uma capital tão grande quanto Salvador!".
O Portal A TARDE entrou em contato com a SMED pedindo explicações sobre o caso, mas até a publicação desta matéria, não houve resposta.
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