INTERNADA
"Muito delicado o caso", diz filho sobre mulher incendiada em Salvador
Mulher foi incendiada pelo marido no Centro da capital baiana
Por Andrêzza Moura

"Está muito delicado o caso. Ela está lutando, está sentido muita dor, precisando tomar morfina", falou o ajudante de produção desempregado Filipe Luz, 23 anos, sobre estado de saúde da mãe, a autônoma Ana Paula Almeida Luz, 42, incendiada pelo companheiro, o ajudante de serviços gerais Paulo Roberto da Silva Costa, 46, na madrugada do último sábado, 8, no bairro da Saúde, no Centro de Salvador. Ela segue internada no Hospital Geral do Estado (HGE), no setor de queimados.
Paulo Roberto foi preso, na quinta-feira, 13, quase oito dias após o crime, ao se apresentar com um advogado, na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam/Casa da Mulher Brasileira), na Avenida Tancredo Neves, no Caminho das Árvores. Ele estava com prisão temporária em aberto.
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Procurado pela polícia desde o dia do fato, o homem jogou um líquido inflamável e ateou fogo na mulher, durante uma discussão, na residência do casal, na Rua Boulevard das Flores, no bairro da Saúde. Ela teria descoberto uma traição e a existência de um filho pequeno. Ana Paula e Paulo estavam juntos há 5 anos.
Sensação é de alívio porque ele é uma pessoa má, perversa
Ao saber da prisão do suspeito, Filipe, que é o filho mais velho de Ana Paula, disse que, em meio a situação da mãe, agora, consegue respirar um pouco mais aliviado. "A sensação é de alívio porque ele é uma pessoa má, perversa. Porque ele solto poderia fazer alguma coisa contra a minha família, por a gente estar cobrando justiça. Como ele foi preso, a gente está mais aliviado", afirma o jovem.
Em conversa com o Portal A TARDE, na segunda-feira, 10, a advogada de Ana Paula, Bianca Santos, revelou que constantemente a vítima era agredida pelo homem e que já tinha a intenção de se separar. A descoberta de um caso ex-conjugal, teria sido a gota d'água. "Ela tinha desconfiança [traição], mas ainda estavam morando juntos. Sábado, ela perguntou a ele, aí gerou uma briga que durou horas. E, quando ela chegou ao veredito mesmo do nome da amante e tudo mais, da existência até de uma criança, foi que a briga se intensificou e culminou com essa tragédia", disse ela, na ocasião.
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