POLÍCIA
Seis policiais foram presos em operação contra rifeiros; veja nomes
Bens de luxo foram apreendidos e cerca de R$ 680 milhões foram bloqueados pela Justiça
Por Redação

A Polícia Civil da Bahia deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 9, a segunda fase da Operação Falsas Promessas, com o cumprimento de 22 mandados de prisão preventiva, entre os alvos, seis policiais militares, além de influenciadores digitais envolvidos com rifas ilegais e lavagem de dinheiro. Também foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão e seis medidas cautelares diversas da prisão.
Um dos presos é o policial militar e influenciador digital Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca, detido em Salvador. Outros cinco PMs, dentre eles, os agentes Jefferson e Valdomiro e o ex-PM Adilson Prazeres, apelidado de 'Jhones Rifas', conforme apurado pelo MASSA!.
A ação mira uma organização criminosa estruturada para movimentar valores milionários por meio de sorteios irregulares e transações ilícitas. Os investigados usavam empresas de fachada e pessoas interpostas para ocultar a origem dos recursos, em uma rede com atuação em Salvador, Região Metropolitana, São Felipe, Vera Cruz, Juazeiro e Nazaré.
Entre os alvos estão influenciadores digitais com atuação no segmento de rifas, como Nanam Premiações, preso novamente junto com a esposa, e Rahmon Dias, capturado em São Paulo. Ambos já haviam sido detidos durante a primeira fase da operação em 2024 e também o influenciador Franklin Reis, conhecido como ‘Neka’.
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Durante as diligências desta quarta, foram apreendidos veículos de luxo, relógios, dinheiro em espécie, celulares e notebooks. A Justiça também determinou o sequestro de até R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ investigado, o que totaliza um bloqueio de aproximadamente R$ 680 milhões em bens e valores.
Em entrevista ao Portal A TARDE, o subsecretário da Segurança Pública do Estado da Bahia, Marcel de Oliveira, reforçou o caráter técnico da operação e detalhou as etapas do trabalho investigativo:
"Então, a Polícia Civil, junto ao Banco Central, vai identificar agora quanto efetivamente foi localizado nas contas que tiveram o seu bloqueio determinado pelo Poder Judiciário. E os policiais foram... Temos aí já seis policiais presos, com apoio da Corregedoria da Polícia Militar, mas ainda há policiais a serem localizados."
Segundo o subsecretário, a operação segue em andamento e os números ainda podem ser atualizados:
"Esse número exato a gente não passa, porque cabe à investigação evoluir. Quando tivermos os dados concretos já, com todos os seus presos localizados, mandados de busca cumpridos, a gente faz o apanhado final da fase 2 da operação 'Falsas Promessas'."

Diante de alegações de perseguição política levantadas por defensores de investigados, Marcel de Oliveira foi categórico:
"Tem até agora seis policiais presos. Sobre a alegação de que houve alguma perseguição política, a gente repudia com veemência. O trabalho da Polícia Civil é técnico."
"Ele é lastreado em informações, ele é lastreado em provas, em evidências — tanto de cunho testemunhal, quanto científicas, periciais, provas que você consegue trazer a partir de documentação, a partir de quebra de sigilos fiscais, sigilos financeiros, telemáticos. Então, isso faz parte da tese de defesa de cada um."
"Mas a gente pode corroborar que a Polícia Civil trabalha em cima de fatos — do que ela consegue construir e comprovar ali dentro do caderno investigativo. Apresenta ao Ministério Público, o convence, porque, para você ter uma operação como essa, o Ministério Público foi convencido, assim como o Poder Judiciário — senão, não teríamos os mandados expedidos."
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