SAÚDE
Estudo revela como “desligar” neurônios que controlam a ansiedade
Nova descoberta no campo da saúde foi feita por cientistas espanhóis

Uma nova descoberta no campo da saúde foi feita por cientistas espanhóis do Instituto de Neurociências, em San Juan, na Espanha. Eles identificaram um conjunto muito específico de neurônios na amígdala, região do cérebro responsável pelo processamento das emoções, que, quando ficam hiperexcitados, desencadeiam comportamentos claros de ansiedade.
Publicada em junho de 2025 na revista iScience, a pesquisa aponta que o gene GRIK4, responsável pela proteína GluK4, altera o “tom elétrico” dessas células e empurra o cérebro para um estado de alerta exagerado.
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Sobre o estudo
O estudo começou com experimentos em camundongos. Os pesquisadores observaram que animais com superexpressão do gene GRIK4 apresentavam comportamentos típicos de ansiedade: evitavam ambientes abertos e iluminados, tinham menor interação social e exibiam desempenho reduzido em testes de reconhecimento de objetos.
Segundo os cientistas, isso acontecia porque a proteína GluK4 tornava esses neurônios mais excitáveis, aumentando o fluxo de sinais elétricos no circuito emocional do cérebro.
Para entender melhor o mecanismo, eles realizaram uma intervenção genética que reduziu a atividade desses neurônios. Após o procedimento, os comportamentos ansiosos diminuíram rapidamente, mostrando que controlar a excitabilidade dessas células é suficiente para reduzir o estado de alerta excessivo nos animais.
A pesquisa revela que esses neurônios funcionam como uma espécie de “interruptor emocional”: quando ficam hiperativos, o medo e a ansiedade emergem com mais intensidade.
Quais são os tipos de ansiedade?
- Crises de pânico: falta de ar, palpitações, tontura, suor intenso e sensação de morte iminente.
- Ansiedade social: nervosismo extremo em situações públicas, com tremores, suor, vermelhidão e palpitações.
- Ansiedade generalizada: preocupação exagerada e persistente, sem motivo específico.
Com o controle adequado, o cérebro tende a retomar seu ritmo natural. A descoberta reforça que transtornos de ansiedade podem surgir não apenas por fatores externos, mas também por alterações muito específicas no funcionamento de pequenos circuitos cerebrais.
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