SAÚDE
Fila do SUS pode diminuir: pacientes podem ser atendidos na rede privada
Nova política do Ministério da Saúde começa a valer em novembro

Por Iarla Queiroz

A partir deste mês, o Sistema Único de Saúde (SUS) dá um passo importante rumo à ampliação do atendimento no Brasil. O Ministério da Saúde autorizou que pacientes da rede pública possam ser atendidos em hospitais privados, em uma parceria inédita que já começou a funcionar em estados como Pará, Ceará, Pernambuco e Distrito Federal.
Entre as instituições participantes estão unidades da Hapvida, além do Hospital Santa Marcelina, em São Paulo, que também aderiu ao projeto. Ao todo, 12 hospitais privados já integram a nova política.
O objetivo é reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias, utilizando uma estratégia que transforma dívidas tributárias das operadoras de saúde em serviços gratuitos prestados ao SUS.
Como funciona o novo modelo
A iniciativa faz parte do programa Agora Tem Especialistas, criado para diminuir a sobrecarga nos serviços públicos de saúde.
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O modelo permite que hospitais e operadoras privadas compensem suas dívidas com o governo oferecendo atendimentos gratuitos a pacientes do SUS. Na prática, isso significa mais consultas, exames e cirurgias sendo realizados, especialmente em áreas com grande demanda reprimida.
O projeto foca em especialidades críticas como oncologia, ortopedia e cardiologia, setores onde o tempo de espera costuma ser mais longo.
Primeiros resultados já aparecem
Em Recife, o Hospital Ariano Suassuna foi um dos primeiros a aderir ao programa e já iniciou procedimentos complexos, como cirurgias de artroplastia de quadril e ressonâncias magnéticas, tudo dentro do novo arranjo entre o público e o privado.
De acordo com o Ministério da Saúde, a medida não só aumenta o acesso como também melhora a eficiência do sistema, aproveitando a infraestrutura moderna e os profissionais capacitados da rede privada.
R$ 2 bilhões em serviços até o fim do ano
O governo estima que, até o final de cada ano, até R$ 2 bilhões em dívidas poderão ser convertidos em atendimentos e procedimentos médicos.
A expectativa é que o modelo seja expandido para mais estados, ampliando a capacidade de resposta do SUS e reduzindo significativamente as filas que há anos desafiam o sistema público.
A proposta representa um novo formato de colaboração entre o setor público e o privado, com foco em eficiência, acesso e cuidado humanizado.
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