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Ministério da Saúde suspende nota que fixava prazo para aborto legal

Medida não muda o que prevê a legislação do Brasil sobre aborto

Publicado quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024 às 18:19 h | Atualizado em 29/02/2024, 18:26 | Autor: Da Redação
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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, suspendeu nesta quinta-feira, 29, a nota técnica que fixava prazo para o aborto legal no país. A orientação presente na nota foi feita durante o governo Bolsonaro. 

A recomendação era a de que o aborto legal fosse feito até 21 semanas e 6 dias de gestação. A justificativa dada pela gestão do ex-chefe do Executivo era de que após esse período existiria uma chamada "viabilidade" do feto de sobreviver, que segundo a medida tiraria o aspecto de aborto para o caso.

No entanto, em nota, o Ministério da Saúde reforçou que vale o que está no Código Penal, em vigor desde 1940, que não determina um limite de tempo para a realização do aborto previsto em lei. 

Pela legislação brasileira, o aborto é liberado quando a gravidez colocar em risco a vida da gestante e quando a gravidez for resultado de estupro. 

O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não reconhece como crime a realização da prática em caso de anencefalia fetal, ou seja, má formação do cérebro do feto. E não é estabelecido um prazo limite para essa situação. 

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