SAÚDE
Pressão sob alerta: entenda a nova diretriz sobre pressão arterial
Atualização amplia grupo de risco e busca prevenir complicações desde cedo

Por Iarla Queiroz

A mais recente Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial redefiniu o que antes era chamado de “pré-hipertensão”: agora, valores iguais ou acima de 12 por 8 já merecem atenção médica.
A mudança pode soar rigorosa à primeira vista, mas especialistas explicam que ela é benéfica — o objetivo é identificar riscos mais cedo e evitar que a hipertensão, um dos maiores vilões da saúde pública, se instale.
O motivo da mudança
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia – Regional Bahia (SBN-BA), a decisão segue uma tendência internacional de fortalecer a prevenção. “A hipertensão é um dos principais fatores de risco para doenças renais e cardiovasculares, então, o quanto antes for diagnosticada e tratada, menores os danos", explica a nefrologista Ana Flávia Moura, presidente da SBN-BA.
O raciocínio é simples: se antes muitos pacientes só eram orientados a se cuidar quando já estavam em estágios mais avançados, agora será possível agir de forma preventiva. Isso reduz internações, complicações graves e, em alguns casos, até a necessidade de medicamentos.
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Prevenção no centro do cuidado
Ana Flávia reforça que não se trata de “medicalizar” mais pessoas, mas de oferecer oportunidade de cuidado.
“Quando detectamos alterações de pressão em estágios iniciais, temos a chance de intervir de forma mais leve, com orientações de hábitos saudáveis... É trazer a prevenção para o centro da atenção em saúde”, destaca.
O que muda na vida prática
Com a redefinição, brasileiros que antes eram considerados “normais” passam a integrar o grupo que deve monitorar a pressão de perto. A SBN-BA orienta medidas simples:
- Verifique a pressão regularmente, mesmo sem diagnóstico de hipertensão;
- Reduza o consumo de sal e evite alimentos ultraprocessados;
- Inclua atividade física leve na rotina, como caminhadas;
- Converse com seu médico para entender se o seu perfil é de risco.
“A prevenção é sempre o melhor tratamento. Quanto mais cedo cuidamos da pressão, maior a chance de termos uma população saudável, ativa e com menor necessidade de internações”, conclui a especialista.
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