ARBOVIROSES
Qual a razão para o aumento de casos de dengue em 2024? OMS explica
Combate aos criadouros do mosquito Aedes Aegypti segue como principal forma de prevenção
Por Da Redação
A Bahia tem 122 municípios em estado de epidemia de Dengue, segundo os dados recentes da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), divulgados no último dia 5. Ainda segundo a pasta, outros 51 estão em situação de risco e 34 em alerta. São 29.982 casos prováveis até o dia 2 de março de 2024, marcando um aumento de 209,3 % em comparação ao mesmo período do ano anterior. Mas qual a razão para tal cenário?
A projeção do aumento de casos da doença se deve a fatores como a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas - possíveis efeitos do El Niño - conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS). E, ainda, ao ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil.
De acordo com o órgão, para se confirmar um caso de dengue, é usado o critério laboratorial ou o vínculo clínico-epidemiológico. Casos prováveis incluem: aqueles que possuem a confirmação laboratorial ou clínica, os casos por vínculo epidemiológico, além daqueles cuja investigação ainda não foi concluída pela vigilância. Na prática, os casos prováveis são todos os casos notificados menos os casos descartados da doença.
Ações
O Governo da Bahia tem tomado diversas atitudes para conter a Dengue, como a vacinação, o uso de drones para localizar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti – vetor de transmissão da Dengue, Zika e Chikungunya -, aumento no uso do Ultra Baixo Volume (UBV), também conhecido como “fumacê”, mutirões de limpeza nos município com alto índice de infecção, uso de bombas costais por agentes de saúde e distribuição de 12 mil kits para os agentes de combate às endemias e fortalecimento dos estoques da assistência farmacêutica estadual. Mais de R$ 19 milhões foram investidos no combate à Dengue, incluindo também ações publicitárias e material informativo.
Na avaliação de Roberta Santana, titular da Sesab, o momento é de unir esforços para conter o aumento do número de casos e evitar mortes. “O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios, contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações de atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros, e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença”, afirma.
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