PROCESSADOS
Salsicha, bacon e presunto entraram no mesmo grupo de risco do cigarro
Classificação tem como objetivo alertar a população e orientar políticas públicas de saúde

Por Jair Mendonça Jr

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) da OMS colocou o consumo de carnes processadas, como salsicha, bacon, presunto e salame, no Grupo 1, a mesma classificação que o tabaco, o amianto e o plutônio. Essa categoria é usada para substâncias para as quais há evidências científicas suficientes de que são carcinogênicas para humanos.
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No entanto, a equivalência de categoria não significa uma equivalência de risco. Esse é o ponto crucial que a IARC e especialistas em saúde se apressaram em esclarecer. O perigo real não é o mesmo.
Fumar cigarros, por exemplo, oferece um risco de câncer até 1.900% maior do que o consumo de carnes processadas. O aumento do risco de câncer colorretal associado ao consumo diário de 50 gramas de carne processada é de cerca de 18%.
A classificação tem como objetivo alertar a população e orientar políticas públicas de saúde, e não proibir o consumo. Especialistas em nutrição concordam que a chave está na moderação.
O consumo ocasional desses alimentos não representa um perigo comparável ao do tabagismo, mas o consumo regular e em grandes quantidades eleva os riscos, que incluem, além do câncer, o desenvolvimento de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Em vez de eliminá-las completamente da dieta, a recomendação é reduzir a frequência e a quantidade, optando por alternativas mais saudáveis como carnes magras, peixes e proteínas vegetais.
A nova classificação da OMS serve como um lembrete importante sobre a necessidade de fazer escolhas alimentares mais conscientes para manter a saúde a longo prazo.
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