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SAÚDE

Uso de cigarro eletrônico afeta a fertilidade, diz especialista

Três milhões de brasileiros são usuários de cigarro eletrônico, de acordo com a Anvisa o hábito cresceu 600%

Por Redação

11/07/2025 - 18:01 h
Cigarro eletrônico pode causar infertilidade
Cigarro eletrônico pode causar infertilidade -

O hábito de usar os cigarros eletrônicos, também conhecidos como "vapes" vêm crescendo com o passar dos anos e junto dele, os alertas sobre seu impacto na saúde, especialmente na fertilidade. Por mais que as pessoas o considerem uma alternativa “menos danosa” do que o cigarro convencional, porém os riscos existem e são preocupantes.

"O que prejudica é a substância — especialmente a nicotina. Ela é altamente nociva à saúde reprodutiva, tanto em homens quanto em mulheres", explica a médica Andreia Garcia, do IVI Salvador. "Já se sabe que o cigarro eletrônico não é menos agressivo que o cigarro convencional. Ambos contêm compostos tóxicos capazes de impactar negativamente a fertilidade".

De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa o uso desses aparelhos cresceu 600% nos últimos seis anos, além disso, o Instituto Ipec estima que ao menos três mil brasileiros fazem uso de cigarros eletrônicos.

Infertilidade ligada ao uso dos cigarros eletrônicos

Um estudo feito na Universidade Cumhuriyet, na Turquia, mostrou que o uso de cigarros eletrônicos pode reduzir a contagem de espermatozoides, além de provocar alterações morfológicas nos testículos, afetando diretamente a fertilidade masculina.

De acordo com os pesquisadores, o líquido dos “vapes” eleva os níveis de estresse oxidativo no corpo humano, o que piora o funcionamento celular.

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Nos homens a nicotina compromete a produção, a qualidade e a motilidade dos espermatozóides, podendo inclusive alterar seu DNA — o que eleva o risco de mutações genéticas e malformações nos descendentes.

Os efeitos nas mulheres também são preocupantes, visto que os estudos mostram baixos níveis do Hormônio Anti-Mulleriano (AMH), marcador da reserva ovariana, entre usuárias de vapes em todas as faixas etárias.

"O AMH é um dos principais indicadores da capacidade reprodutiva feminina. A nicotina presente nos vapes pode reduzir o fluxo sanguíneo para o útero e afetar o desenvolvimento dos folículos ovarianos, dificultando a concepção e aumentando o risco de complicações na gravidez", afirma a especialista.

Dra. Andreia Garcia, do IVI Salvador
Dra. Andreia Garcia, do IVI Salvador | Foto: Divulgação

Além disso, o uso contínuo desse cigarro pode interferir na balança hormonal, provocar alterações no ciclo menstrual e comprometer a qualidade dos óvulos. Caso a fumante seja uma gestante, o consumo pode resultar em parto prematuro, restrição do crescimento fetal e baixo peso ao nascer. Há ainda indícios de que a exposição prolongada à nicotina possa antecipar a menopausa.

Os cigarros eletrônicos contêm uma combinação de substâncias tóxicas, como metais pesados (chumbo, cádmio e níquel), benzeno, formaldeído e compostos aromatizantes que, além de afetarem a saúde geral, interferem diretamente na função reprodutiva. Os flavorizantes, por exemplo, podem se acumular no organismo e gerar reações inflamatórias e hormonais indesejadas. Apesar da aparência moderna e dos sabores variados, os vapes podem conter níveis de nicotina muito mais altos do que os cigarros comuns. Enquanto o cigarro tradicional tem cerca de 1mg por unidade, alguns dispositivos eletrônicos chegam a conter até 57mg por ml de líquido, segundo dados do Ministério da Saúde.

Para aqueles que desejam ter filhos, abandonar o cigarro — seja convencional ou eletrônico — é uma medida essencial. A orientação é buscar apoio em programas de cessação do tabagismo e acompanhamento psicológico. "Parar de fumar é um passo importante para preservar a fertilidade e aumentar as chances de uma gestação saudável", reforça a Dra. Andreia Garcia, do IVI Salvador.

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Tags:

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