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Varíola dos macacos pode adiar flexibilização das máscaras em voos

Diretor-presidente da Anvisa falou sobre os próximos passos da agência diante da monkeypox

Publicado segunda-feira, 08 de agosto de 2022 às 09:23 h | Atualizado em 08/08/2022, 09:58 | Autor: Da Redação
Antonio Barra Torres descartou conflito com o Ministério da Saúde
Antonio Barra Torres descartou conflito com o Ministério da Saúde -

Diante do novo alerta sanitário causado pela varíola dos macacos no país, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e contra-almirante da reserva da Marinha, Antonio Barra Torres, tomou mais uma vez posição contrária à do presidente Jair Bolsonaro em relação às medidas que serão adotadas no enfrentamento da doença.

Em entrevista ao jornal O Globo, Barra Torres, que se desentendeu com Bolsonaro ao longo do último ano por defender a vacinação contra a Covid-19 e a utilização de máscaras em ambientes fechados, contou quais serão os próximos passos da Agência diante da nova ameaça.

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Questionado sobre a compra de vacinas pelo Ministério da Saúde sem o aval da Anvisa, o diretor do órgão relativizou a situação e ressaltou que a pasta tem o poder legítimo de superar atribuições da Agência em situações onde entenda haver necessidade.

Em relação ao trânsito entre fronteiras, o contra-almirante informou que nenhuma mudança está sendo avaliada pela Anvisa como medida para conter a varíola dos macacos, visto que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não preconiza restrições de ir e vir em relação à doença. 

Embora a forma de contágio não seja a mesma, as práticas para evitar a Covid-19 que se encontram vigentes em aeroportos e aeronaves, como o uso obrigatório de máscaras, vêm sendo aplicadas.

Sobre a possibilidade da varíola dos macacos virar uma pandemia, Barra Torres destacou que não é atribuição do órgão regulador avaliar a questão, cabendo às sociedades de epidemiologia e infectologia do país, bem como a Câmara Técnica de Avaliação Epidemiológica do Ministério da Saúde, dizer se pode haver um surto pandêmico.

Ao primeiro sinal de arrefecimento da pandemia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro derrubou medidas de proteção e enfrentamento da doença. Portos e aeroportos, porém, são atribuição da Anvisa, que mantém a exigência.

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