INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Até no amor? Apps de namoro usam IA para "match perfeito"
Plataformas como Tinder, Bumble e Happn vêm usando a Inteligência Artificial para personalizar recomendações e planejar primeiro date

Por Redação

A inteligência artificial (IA) aparece nos eletrodomésticos, nas plataformas de pesquisa e entre outros diversos lugares. Agora a tecnologia, que chegou para ficar, está ocupando um papel central em aplicativos de namoro.
Quem está buscando uma experiência mais cômoda e fácil, está se entregando à IA. Em meio ao cansado na busca pelo par ideal com excesso de perfis, ao receio com golpes e à dificuldade de transformar um “crush” em encontro real, plataformas como Tinder, Bumble e Happn vêm usando a IA para personalizar recomendações, reforçar a segurança e até ajudar no planejamento do primeiro date.
A tendência acompanha um movimento global de reinvenção do setor. Uma reportagem recente do jornal norte-americano The New York Times apontou que os aplicativos de namoro vivem uma “nova era do cupido digital”, em que as combinações são mais qualificadas, mediadas por sistemas inteligentes capazes de entender preferências, valores e contexto.
Como os apps de relacionamento usam a IA?
No Tinder, a IA já faz parte do matching há anos, mas ganhou modelos mais sofisticados. Segundo Hillary Paine, VP de Produto do Tinder ao Terra “o papel que a IA desempenha é muito mais dinâmico e personalizado do que nunca”. A plataforma usa “machine learning e, agora, deep learning para ajudar as pessoas a verem potenciais matches mais relevantes”.
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Um dos testes mais avançados é o Chemistry, recurso habilitado por IA que está sendo testado na Nova Zelândia e na Austrália. “Ao invés de priorizar as fotos, o Chemistry destaca interesses em comum, valores e sinais de compatibilidade”, afirma Paine. A executiva destaca que os testes iniciais indicam boa aceitação entre a Geração Z, que responde melhor a um nível mais profundo de personalização.
A IA também atua na apresentação dos perfis para os usuários. “Recursos como o Photo Selector não mudam o algoritmo, mas ajudam os usuários a se apresentarem da melhor forma possível e com mais confiança”, diz a VP que ressalta que a curadoria de fotos é vista como algo que pode causar estresse nos usuários mais jovens.
O Grindr, aplicativo de relacionamentos voltado para o público gay, bissexual, trans, e queer, tem adotado uma abordagem AI-first, integrando inteligência artificial diretamente à forma de conectar as pessoas. A estratégia é impulsionada pelo gAI (pronunciado “gay-eye”), uma tecnologia própria desenvolvida para refletir a cultura, o humor e as necessidades da comunidade queer.
Dentro dessa visão, os recursos ilustram como a IA melhora a experiência do usuário, segundo George Arison, CEO do Grindr. Arison defende que a IA pode ser extremamente útil para pessoas que têm dificuldade em iniciar conversas ou se expressar. “Nosso objetivo é usar a IA para fortalecer o núcleo do Grindr, ajudando as pessoas a se conectarem com mais intenção, ao mesmo tempo em que preservamos privacidade e confiança”.
Para identificar se alguém está usando IA nas conversas, o usuário pode notar que algo parece “fora do lugar” no tom, no ritmo ou na consistência de uma mensagem, mas não existe uma prova definitiva.
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