SAÚDE
Prontuários médicos criados por IA é realidade em hospitais no Brasil
A tecnologia já está pronta, e está sendo aplicada em várias unidades de saúde do Brasil
Por Carla Melo*
Já imaginou estar mais próximo ao seu médico durante uma consulta de rotina, e tudo que você estiver sentindo e o que foi conversado com ele ficar pronto em segundos, sem nem sequer levantar uma caneta ou digitar em qualquer aparelho eletrônico? Isso já se tornou realidade com o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) através do uso da Inteligência Artificial (IA), em unidades de saúde do país.
“Com isso, nós pretendemos reduzir em 50% o tempo do médico escrevendo. Com o uso da IA, a tecnologia conversa com o médico, o médico conversa com o paciente, a tecnologia fica ouvindo. Isso chama-se transcribe: a tecnologia identifica os exames que ele tem, depois do fim dessa entrevista, todos os dados estruturados estão para dentro e prontuário de forma automática”, disse Paulo Magnus, fundador e CEO da MV, 3ª maior empresa de TI em saúde do Brasil.
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O diretor corporativo de tecnologia da MV, Andrey Abreu, reforça a necessidade do uso da ferramenta na área de saúde para reduzir questões burocráticas e principalmente, a saúde do profissional de saúde.
“Hoje 70% do tempo do médico é tratando de burocracia. Se eu tiro a burocracia do médico, se eu tiro dele essas questões que estão em torno da prática médica, que geram um burnout, que geram uma série de situações no médico, eu dou para ele a condição de ele realmente se conectar com o paciente. Então ele está tratando do paciente, ele está fazendo o que ele sabe fazer de melhor”, disse o diretor.
A ferramenta serve como uma transcribe - que é a transcrição clínica de tudo que será tratado entre o médico e o paciente durante os atendimentos. Entretanto, com o uso da Inteligência Artificial, o recurso está ainda mais organizado e minucioso, a medida que será responsável pelas distribuições das informações.
“A IA permite, por exemplo, que uma conversa médica do paciente seja gravada, interpretada, incluída e estruturada dentro do prontuário do paciente. Por exemplo, você está fazendo uma consulta clínica e você fala que tem algum tipo de alergia, a inteligência capta isso direciona para o campo alergias. A gente coloca a inteligência para tirar o teclado. Quando você faz isso, o que acontece? O médico tem um ponto focal só: você. Olho no olho”, explica o profissional.
A apresentação da tecnologia desenvolvida pela empresa foi realizada durante a 10ª edição do MV Experience Forum (MEF) 2024, em São Paulo e traz abordagens diversas sobre as melhores práticas para o uso da tecnologia na saúde. Até o dia 5, atores da saúde como profissionais de saúde, gestores e especialistas em tecnologia e inovação, vão se inserir em conteúdos referentes à transformação da saúde, Inteligência Artificial, cibersegurança e o uso da tecnologia para apoio da área assistencial.
*Equipe de reportagem participou da MV Experience Forum à convite da empresa MV
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