DIVISÃO?
Herança de Léo Batista será dividida ou não? Entenda os trâmites
Léo morreu no último domingo, 19
Por Redação
Sempre que algum famoso morre têm início os trâmites para saber como vai ficar a divisão da sua herança. Com o falecimento do apresentador Léo Batista, no último domingo, 19, não seria diferente.
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À coluna Fábia Oliveira, do Metrópoles, a advogada Ariadne Maranhão, especialista em Direito de Família e Sucessões, esclareceu que a divisão dos valores deixados pelo ente querido considera a ordem de vocação hereditária e o regime de bens adotado no casamento.
A profissional pontuou que, de acordo com a legislação, o cônjuge sobrevivente é “considerado herdeiro necessário, assim como os descendentes, que incluem filhos e netos”. Ariadne explicou que como no caso de Léo Batista sua esposa já é falecida, suas duas filhas são as herdeiras necessárias de seu patrimônio e, salvo a existência de um testamento, devem dividir a herança. Em resumo, nesse caso, as filhas do apresentador esportivo ficarão com os bens de maneira igualitária.
Ainda segundo a advogada, caso elas renunciem à herança, os sucessores devem ser os netos de Léo Batista, caso os tenha. Se somente uma delas abrir mão, contudo, a outra recebe tudo. Ariadne Maranhão pontuou que isso ocorre porque a transmissão aos netos só acontece quando não há descendentes de primeiro grau.
Luto
Léo Batista, lendário locutor e apresentador, faleceu no últomo domingo, 19, aos 92 anos, no Hospital Rios D'or, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele estava internado em estado grave devido a complicações de um tumor no pâncreas.
Com mais de sete décadas dedicadas à comunicação, Léo Batista construiu uma trajetória memorável. Foi protagonista na cobertura de 13 edições de Copas do Mundo e Olimpíadas, além de se tornar pioneiro na apresentação de programas que marcaram época, como Jornal Hoje, Globo Esporte e Esporte Espetacular. Sua criatividade ficou imortalizada na criação da "zebra", termo usado para designar resultados inesperados e popularizado ao exibir os gols da rodada no Fantástico.
Em junho de 2023, Batista teve sua trajetória celebrada no documentário "Léo Batista, a Voz Marcante", exibido em quatro episódios pelo SporTV, um reconhecimento merecido pela contribuição ao jornalismo esportivo.
Legado de sucesso
Filho de imigrantes italianos, Léo Batista começou a trabalhar ainda jovem para ajudar a família, conciliando estudos e empregos em Campinas. Sua trajetória no rádio teve início na Rádio Birigui, passando por várias emissoras do interior paulista, onde narrava jogos de futebol e desenvolvia noticiários. Foi na Rádio Globo, já no Rio de Janeiro, que seu talento ganhou projeção, adotando o nome artístico "Léo Batista" a partir de uma sugestão dos colegas. Seu primeiro grande momento foi a cobertura do suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, uma das notícias mais marcantes de sua carreira.
A transição para a televisão aconteceu em 1955, quando foi contratado pela TV Rio, onde participou do Jornal Pirelli e outros programas.
Após passagens pela TV Excelsior, ingressou na TV Globo em 1970, durante a Copa do Mundo. Léo destacou-se ao narrar de forma improvisada um jogo do torneio e, logo depois, substituir Cid Moreira em uma edição extraordinária do Jornal Nacional. Esses momentos consolidaram sua posição na emissora, que se tornaria sua casa profissional por mais de cinco décadas.
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