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17/07/2024 às 1:00 - há XX semanas | Autor: Claudia Lessa

A TARDE AGRO

Bahia se destaca por ações sustentáveis no campo

Agronegócio implementa políticas ambientais que são referência em todo o mundo

Uso de sistemas de irrigação eficientes colabora para produzir com sustentabilidade
Uso de sistemas de irrigação eficientes colabora para produzir com sustentabilidade -

O agronegócio na Bahia é destaque nacional ao liderar várias cadeias produtivas no Brasil e ganhar notoriedade pelas ações e políticas sustentáveis que vêm sendo implementadas pelo setor. As iniciativas voltadas à proteção ambiental e ao uso sustentável das muitas riquezas naturais atraem também o interesse do mercado internacional. Cada vez mais, o mundo se direciona para as práticas da agenda ambiental, social e de governança, dentro do conceito ESG (Enviroment Social e Governance), tendo como pilares a sustentabilidade e inovação – temas que permeiam o atual debate sobre práticas ecológicas e eficientes no planeta.

Em parceria com entidades ligadas às atividades agrícolas, o estado da Bahia vem se dedicando à adoção de políticas e ações específicas voltadas à sustentabilidade. O Plano ABC+, também chamado de Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária com vistas ao Desenvolvimento Sustentável, lançado recentemente, é uma dessas iniciativas do governo baiano.

Trata-se de uma ação estratégia coordenada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado (Seagri), com vigência até 2030, com a proposta de “impulsionar o desenvolvimento sustentável da agropecuária local a partir de práticas agrícolas mais responsáveis e adaptadas às exigências ambientais contemporâneas, priorizando a mitigação das emissões de gases de efeito estufa e a adaptação às mudanças climáticas”.

O tema da agricultura sustentável ganhou os holofotes e ampla repercussão na edição deste ano da Bahia Farm Show – maior feira agrícola do Norte e Nordeste e uma das maiores do País, realizada no município de Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia. No evento, o debate sobre agricultura de baixo carbono e ESG girou em torno do crescimento do agronegócio e o aumento da produtividade, preservando as fontes de recursos naturais.

Na região, as ações de sustentabilidade estão sendo implementadas há alguns anos, com o apoio do governo estadual, por meio do Fundo Privado de Defesa Agropecuária (Fundeagro) e do Programa para o Desenvolvimento da Agropecuária (Prodeagro). Das iniciativas em andamento, destaque para a recuperação das nascentes e o plantio direto visando proteger o solo e garantir uma boa safra.

A notícia de que a Associação Baiana dos Produtores e Irrigantes (Aiba) será a primeira entidade representativa do agro brasileiro a promover uma certificação em ESG foi anunciada pelo seu presidente, Odacil Ranzi, durante a Bahia Farm 2024. Com isso, a Aiba pretende adequar as empresas associadas às novas exigências do mercado; melhorar sua posição competitiva; e garantir a elas viabilidade a longo prazo, se destacando na operação relativa à transparência, sustentabilidade e responsabilidade social.

Para o gerente de Sustentabilidade da Aiba, Eneas Porto, a boa nova “demonstra o compromisso dos produtores rurais em tornar a produção agrícola do Oeste da Bahia cada vez mais sustentável e eficiente”. A sustentabilidade no agro, enfatiza, é um caminho que requer novos comportamentos, práticas mais sustentáveis e inovadoras, adequação às demandas da sociedade e do consumidor e respeito aos ciclos da natureza. “A agricultura do Oeste baiano já tem seguido nesse sentido, se colocando como uma das regiões de maior eficiência na produtividade agrícola do País, com destaque na produção de grãos e fibras, o que evidencia que a sustentabilidade é importante para a manutenção da cadeia produtiva, para o ecossistema e para a segurança alimentar”, avalia.

Eneas Porto, gerente de Sustentabilidade da Aiba
Eneas Porto, gerente de Sustentabilidade da Aiba | Foto: Ascom Aiba

Praticas mais eficientes, como plantio direto; conservação do solo e da água; e o uso inteligente de sistemas de irrigação, completa Eneas, também contribuem para melhorar a produtividade. Nos últimos anos, ainda segundo o dirigente, a Aiba tem investido em um conjunto de ações integradas, a exemplo dos estudos de incorporação de carbono no solo, da implementação do Programa de Monitoramento Hídrico do Aquífero Urucuia e dos cuidados com as nascentes na região, com reconhecimento nacional através do Prêmio ANA 2020 - uma das mais tradicionais premiações voltadas aos recursos hídricos no Brasil.

‘Momento ímpar’

A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que também reconhece a importância crescente da sustentabilidade no agronegócio, desenvolve ações permanentes de responsabilidade socioambiental, como os programa de Recuperação de Nascentes; Conhecendo o Agro; Apoio aos Pequenos Produtores; e Centro de Treinamento. “Vivemos um momento ímpar, em que a sociedade está cada vez mais consciente em relação ao consumo de produtos sustentáveis”, avalia o presidente da Abapa, Luís Carlos Bergamaschi.

Na Bahia, 92% do algodão são produzidos em propriedades certificada. Na foto, Luís Carlos Bergamaschi, presidente da Abapa
Na Bahia, 92% do algodão são produzidos em propriedades certificada. Na foto, Luís Carlos Bergamaschi, presidente da Abapa | Foto: Divulgação / Abapa

Com os agricultores não é diferente. “Eles estão cientes da necessidade da preservação e da sustentabilidade ambientais e, por isso, estão legalmente engajados. O cumprimento do Código Florestal Brasileiro é um exemplo disso”, afirma, destacando que 92% do algodão da Bahia são produzidos em propriedades certificadas pelo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), programa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

Essas tendências, completa Bergamaschi, “refletem um esforço conjunto do agronegócio em busca de uma produção mais sustentável, que concilie o aumento da produtividade com a conservação dos recursos naturais e o bem-estar social”. A adoção dessas práticas, destaca, é fundamental para garantir a resiliência e a competitividade do setor a longo prazo. E a equação é simples: “Ao preservar e cuidar dos recursos naturais e da terra, os agricultores garantem a continuidade dos negócios para as futuras gerações”.

Neste sentido, o presidente da Abapa afirma que as práticas dentro e fora da porteira serão intensificadas com o uso, cada vez mais intensivo, de bioinsumos como substitutos de produtos químicos; plantio direto; agricultura de precisão; diminuição de uso de químicos; e tratamento de resíduos sólidos. A rotação de culturas e o uso de coberturas verdes também são práticas sustentáveis que visam proteger e melhorar a qualidade do solo.

“Esse sistema eficiente minimiza o uso de fertilizantes e defensivos, trazendo retorno econômico e agronômico direto para o produtor, além de promover a incorporação de matéria orgânica e a captura de carbono da atmosfera no solo, assegurando a longevidade e a melhoria contínua do solo”, pontua.

Para a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), temas como mudanças climáticas, sustentabilidade e ESG estão em alta agora, mas são condutas e posicionamentos já adotados há algum tempo pelo setor agropecuário. “Economia circular, logística reversa, utilização de resíduos e insumos de rejeito, reaproveitamento e destinação adequadas já são realidade em muitas propriedades no campo. O desafio, entretanto, é tornar essas práticas cada vez mais acessíveis, principalmente para que pequenos produtores possam inseri-las em seu cotidiano”, analisa o presidente da entidade, Humberto Miranda.

Humberto Miranda, presidente da Faeb
Humberto Miranda, presidente da Faeb | Foto: Ascom / Faeb

O reposicionamento sobre práticas e procedimentos que envolvam uso e ocupação eficiente da cobertura do solo e emissão de gases do efeito estufa, considera o representante da Faeb, são o norte atual na tomada de decisões. “Nosso mercado de créditos de carbono ainda é muito novo, incipiente. Contudo, o agro é o setor com maior potencial de atendimento das demandas nacionais, uma vez que os créditos emitidos pelo setor são os que possuem mais valor agregado, consequência do efetivo sequestro de carbono e da redução da disponibilidade dos gases na atmosfera”.

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