INVESTIGAÇÃO
Terceira vítima do triplo homicídio em Dias D'Ávila é identificada
Vítimas foram executadas a tiros dentro de um imóvel, em Dias D'Ávila
Por Andrêzza Moura

Henrique Silva Borges dos Santos. Este, segundo a assessoria de Comunicação do Departamento de Polícia Técnica (DPT), é o nome da terceira vítima do triplo homicídio ocorrido, na madrugada desta sexta-feira, 7, em Dias D' Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. Além do rapaz, Giovanna Vitória Vilela de Melo, 18 anos, e Jailma Barbosa da Silva, 27, foram executadas a tiros, no Parque Capuame, a poucos metros da 36ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Dias D'Ávila), que fica na Avenida Imbassay, no bairro Santa Terezinha.
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Em conversa rápida com o Portal A TARDE, na noite da sexta-feira, o delegado Euvaldo Costa, titular da 25ª Delegacia Territorial de Dias D'Ávilas, informou que, no momento, estava realizando oitivas afim de elucidar o crime. Ele não deu mais detalhes sobre a apuração, tampouco revelou se já tinha alguma linha de investigação ou identificado os suspeitos.
O triplo homicídio ocorreu, por volta das 2h30, dentro de uma residência, na Rua da Associação. Segundo informações da fonte policial, o crime foi praticado por dois homens, ainda não identificados, que invadiram o imóvel, após quebrarem o cadeado do portão. No local, vizinhos contaram à polícia que as mulheres haviam alugado a casa recentemente e que, horas antes do fato, estavam consumindo bebida alcoólica. Nenhuma das vítimas era conhecida na região.
A reportagem descobriu que, em 12 de janeiro de 2024, a ex-sogra de Giovanna procurou a 25ª DT para registrar ocorrência de violência doméstica contra a jovem. Na ocasião, a senhora alegou que, no dia 30 de dezembro de 2023, havia sido agredida pela ex-nora, que na época era adolescente, com diversos socos no rosto.
Ainda durante o relato à polícia, a mãe do ex-companheiro de Giovanna, contou que era constatemente agredida verbalmente e fisicamente e, inclusive, sofria diversas ameaças. "Acrescentou que a agressora costuma xingá-la e ameaçá-la de morte, prometendo incendiar a residência dela", diz um trecho do processo, que está disponível no Processo Judicial Eletrônico em consulta pública, no site do Tribunal de Justiça do Estado. Na época, do fato, a jovem tinha um bebê, de seis meses, com o filho da denunciante.
Diante do ocorrido, a mulher solicitou medida protetiva, que foi julgada e concedida pela Vara Criminal de Dias D'Ávila em caráter de urgência. "ANTE O EXPOSTO, visando evitar a reiteração da prática de violência doméstica contra a vítima, com arrimo no art. 19, § 1º, da Lei 11.340/06, verifico estarem presentes os requisitos necessários para concessão das medidas protetivas de urgência requeridas, motivo pelo qual, DETERMINO a GIOVANNA VITORIA VILELA DE MELO, pelo período de 120 (cento e vinte) dias", diz o documento.
Em 12 de janeiro deste ano, o processo foi arquivado. "ANTE O EXPOSTO, se exauriu no presente feito a prestação jurisdicional buscada, sendo concedidas as medidas protetivas de urgências pleiteadas. Determino o arquivamento dos autos. Cumpra-se", conclui. A determinação foi da Juíza de Direito Mariana Lemos de Oliveira Ferreira.
De acordo com informações do DPT, os corpos de Giovanna e Jailma foram liberados para serem sepultados no Cemitério Bosque da Paz, em Dias D'Ávila.
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