BRASIL
Fotógrafo “de confiança” é preso após crimes contra crianças
Homem conquistava amizade e confiança das famílias antes de cometer os crimes

Por Yuri Abreu

Um fotógrafo foi condenado a 13 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável e importunação sexual cometidos contra menores de 7 a 14 anos.
Ele foi identificado como Tomás Faquini e acabou preso no final de outubro. De acordo com a Polícia, ele cometia os abusos dentro de uma chácara onde morava em São Sebastião, no Distrito Federal.
Para atingir o objetivo, ele convidava as famílias das vítimas após conquistar a amizade e a confiança delas. No local, sem que os pais percebessem, ele cometia os crimes.
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Detalhes
Conforme o Metrópoles, os episódios envolviam toques, mordidas nas partes íntimas das crianças e beijos na boca sob o pretexto de “brincadeiras”. As vítimas também relataram que o fotógrafo colocava a mão dentro das roupas que usavam e as coagia a ficar em silêncio.
Na decisão que condenou o réu, o juiz declarou que os depoimentos das crianças foram “coerentes, harmônicos e compatíveis com a dinâmica dos fatos”, afirmando que não havia dúvida razoável sobre a materialidade e autoria dos crimes. O processo transitou em julgado e não cabe mais recurso.
Mensagens aos pais
Após um dos crimes cometidos contra as crianças, Faquini encaminhou uma mensagem para à responsável pela menor dizendo ter “praticado fatos infelizes e horrendos”, pedindo desculpas e dizendo que cometeu “erro criminoso”.
“Por isso, peço seu perdão e minhas mais sinceras desculpas por ter atravessado uma fronteira que eu realmente não tinha direito de fazer. Cometi um erro criminoso que muito me envergonha e com certeza é uma mancha que levarei comigo para o julgamento lá do outro lado”, escreveu o homem.
Armação
Na Justiça, o fotógrafo negou a prática dos crimes e alegou ter sido vítima de uma “armação” articulada pelas mães das vítimas. Segundo ele, uma ex-namorada, inconformada com o fim do relacionamento, teria incentivado as denúncias com o objetivo de prejudicá-lo.
A Justiça, entretanto, rejeitou a versão, considerando-a incompatível com as provas documentais e testemunhais. Magistrados entenderam que os primeiros atos cometidos pelo fotógrafo ocorreram em 2017, antes mesmo de ele iniciar relacionamento com a mãe de uma das vítimas.
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