ENTENDA
Médica é investigada por dizer que câncer de mama não existe
Médica publicou vídeo nas redes sociais, espalhando fake news
Por Felipe Sena
A médica Lana Almeida está sendo investigada pelo Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA), por publicar um vídeo nas redes sociais, afirmando que o câncer de mama não existe.
Veja também:
>>>Professora impedida de assumir vaga por cota toma posse na UFBA
>>>Homem morre durante exame de ressonância magnética; saiba detalhes
"Câncer de mama não existe. Esqueçam outubro rosa. Esqueçam a mamografia. Mamografia vai causar inflamação nas mamas", afirmou a médica Lana Almeida. Disseminando fake news sobre o exame preventivo para a doença, ela sugeriu que "modulação hormonal" seria a resposta para os problemas.
Em nota enviada ao Portal A TARDE, o CRM-PA informou que “já tomou conhecimento da postagem no Instagram” da médica. Apesar de ser inscrita no CRM, ela não é especialista em mastologia e ultrassonografia das mamas, como ressalta no vídeo que publicou. “O fato está sendo apurado”, diz a nota.
Médico de São Paulo também é investigado
O médico Lucas Ferreira Mattos, por sua vez, é investigado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). O médico publicou um vídeo relacionando a mamografia ao câncer de mama.
>>>Médico é preso suspeito matar esposa com remédio de uso restrito
>>>Proibição de implantes hormonais divide opinião médica
"Mamografia gera uma radiação para a mama equivalente a 200 raios-X. Isso aumenta a incidência de câncer de mama, por excesso de mamografia", afirmou, sem comprovação científica.
Após a repercussão do vídeo, ele publicou outro vídeo afirmando que a mídia "modificou o cenário". "O que eu disse é que a radiação é um dos fatores causais de qualquer tipo de câncer", afirmou. Ele também disse que nunca desincentiva pacientes a fazerem exames de prevenção se tiverem prescrição médica.
Lucas tem mais de um milhão de seguidores nas redes sociais e cobra quase R$ 5 mil por consulta online.
O Portal A TARDE entrou em contato com o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico (CBR), Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) e Instituto Nacional de Câncer, mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes