QUEDA DE AVIÃO
Vinhedo: 60 famílias aguardam pela identificação de corpos
Força-tarefa reúne mais de 40 profissionais, entre médicos e odontologistas, radiologistas e antropologistas
Por Da Redação
O trabalho deste domingo se volta para a identificação das 62 vítimas do acidente aéreo com o avião da VoePass, que aconteceu sexta-feira, 9, em Vinhedo (SP). O Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo foi fechado para atender apenas as vítimas do acidente.
De acordo com o governo estadual, uma força-tarefa reúne mais de 40 profissionais, entre os quais 30 médicos e odontologistas, radiologistas e antropologistas, trabalham no local para liberar os corpos para que as famílias se despeçam e prestem as últimas homenagens.
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Apenas o piloto Danilo Santos Romano, de 35 anos, e o copiloto Humberto Campos Alencar e Silva, de 61 anos, foram identificados no mesmo dia. O resgate de todos os 62 corpos aconteceu até o começo da noite deste sábado, 10.
Para acelerar o processo, peritos passaram o sábado em contato com parentes das vítimas para colher informações que possam ajudar na identificação, como sinais no corpo, fraturas, tatuagens ou a posse de algum raio-x da boca, que há no histórico de dentistas.
Por conta de alguns corpos terem sido carbonizados, há uma maior dificuldade na confirmação da identidade, que só poderá ocorrer por meio de testes de DNA. Familiares já foram convidados a fornecer material genético para a comparação.
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O avião caiu na vertical, de forma que os destroços das asas e da cabine terminaram em uma posição condizente com a de uma aeronave intacta. Dessa forma, parte dos corpos foi resgatada de suas fileiras do avião, nos assentos. A localização deles também pode ajudar no processo de identificação.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros Maycom Cristo afirmou que o resgate foi feito da cabine em direção à cauda da aeronave, fileira por fileira. Segundo ele, apesar da colisão com o solo, os corpos permanecem nos mesmos lugares em que estavam durante o voo.
“A gente tem o desenho da aeronave no chão. A gente consegue fazer a identificação por fileiras, da cabine para a cauda. Conforme a gente localiza uma fileira, retira, identifica todos, parte para a próxima. Todos os corpos estão como se estivessem sentados nos assentos”, disse.
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