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11/09/2024 às 15:55 • Atualizada em 11/09/2024 às 16:43 - há XX semanas | Autor: Da Redação

CINEMA BRASILEIRO

“Assexybilidade”: filme sobre vida sexual de PCDs chega ao cinema

Dirigido por Daniel Gonçalves (Meu Nome é Daniel), o filme estreia em setembro

Imagem ilustrativa da imagem “Assexybilidade”: filme sobre vida sexual de PCDs chega ao cinema
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“Com certeza já tiveram algumas pessoas que ficaram comigo por curiosidade, por quererem experimentar algo diferente”. Essa é a frase de Giovanni, personagem que abre o documentário “Assexybilidade”, que chega aos cinemas brasileiros no dia 19 de setembro.

Dirigido por Daniel Gonçalves (Meu Nome é Daniel), o filme apresenta histórias sobre a sexualidade de pessoas com deficiência e a diversidade de experiências pelo olhar de quem tem alguma condição física ou intelectual. O diretor, roteirista e produtor também busca dar luz ao tabu sexo e revela a luta diária de pessoas com deficiência contra o capacitismo e a ideia preconceituosa de que não sentem desejo como todos os outros.

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“A produção do documentário passa muito pela minha própria experiência. Eu também já passei por situações de me envolver com pessoas que tinham curiosidade de ficar com alguém com deficiência, e já levei muitos foras por conta da minha condição. Entretanto, o sexo para pessoas com deficiência não é inexistente, muito pelo contrário, nós também transamos, também temos desejo e isso não pode ficar escondido. Por isso o documentário é tão importante para levantar o debate e ainda mostrar que somos como qualquer outra pessoa”, afirma Daniel Gonçalves.

Ao longo de quase uma hora e meia de duração, o filme apresenta 15 personagens que contam histórias pelas quais já passaram envolvendo sexualidade. As narrativas incluem casos extremos de capacitismo, preconceito, curiosidade de pessoas próximas, autoconhecimento e choque de realidade no próprio núcleo familiar, como é o caso trazido por Ivone. Na sua fala, ela conta que foi ao ginecologista, pela primeira vez, aos quase 40 anos, mesmo momento em que sua mãe descobriu que ela não era mais virgem.

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O documentário conta também a história de Lelê, que reforça o preconceito por ser deficiente e negra. “Eu sou uma mulher preta, deficiente, gorda, moradora de favela. O capacitismo para mim chega de forma diferente, fazendo com que eu seja cada vez mais desumanizada. Já tive a minha muleta confundida com um fuzil por um policial. Em outro momento fui abordada por uma pessoa na rua, estava de roupa curta e, depois de conversar comigo, ele viu a minha prótese e começou a fazer um escândalo, dizendo que não ficaria comigo porque sou desse jeito”, explica Lelê.

“Assexybilidade” tem uma proposta inclusiva, não só na temática, como também no processo de realização que contou com algumas pessoas com deficiência em sua equipe, a começar pelo diretor, que tem uma deficiência de origem desconhecida que afeta sua coordenação motora. Em seu primeiro documentário, “Meu Nome é Daniel”, Gonçalves, através de vasto material em arquivo em VHS e de cenas gravadas nos dias de hoje, revê sua trajetória e busca compreender sua condição.

Veja o trailer:

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