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Morte de empresas sufoca economia

Publicado quarta-feira, 04 de agosto de 2021 às 06:02 h | Autor: ACB Em Foco*
Mário Dantas, presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB) | Foto: Divulgação
Mário Dantas, presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB) | Foto: Divulgação -

Com centenas de milhares de vidas perdidas, a pandemia do coronavírus está provocando outra terrível catástrofe no Brasil: uma onda de fechamento de empresas e desemprego, causada por várias restrições aos negócios decretadas por governos estaduais e municipais, sem que houvesse o devido auxílio estatal para amenizar suas consequências.

A crise sanitária fez estourar uma crise econômica sem precedentes. As quedas nas receitas das empresas foram acentuadas, e as despesas, no entanto, não caíram na mesma proporção. As obrigações com folhas de pagamentos e despesas com energia, água, aluguel, manutenção e impostos não pararam de chegar.

Mesmo diante de medidas que possibilitaram acordos de redução de jornada e salário, adiamento do pagamento de obrigações e empréstimos a juros mais baixos, os empresários se viram diante de decisões difíceis. Ao escolher o que pagar no prazo, o que tentar negociar e o que deixar para depois, nem todos foram capazes de manter todas as despesas em dia.

Não é de agora que a Associação Comercial da Bahia vem alertando para a necessidade de uma imprescindível ação dos governos das três esferas, com adoção de medidas concretas que minimizem os efeitos devastadores da pandemia sobre a atividade econômica. Como já estamos pautando há muito tempo, neste momento, o mínimo que se pode fazer é a reedição dos programas de parcelamentos fiscais federais, estaduais e municipais. A situação da economia do Brasil é crítica e a edição de novos Refis será a chance de um novo suspiro para milhares de empresas em todo o país.

A degradação da economia brasileira em decorrência da pandemia da Covid-19 caminha a passos largos. Para que os governos acordem para a necessidade de auxiliar as empresas na retomada da economia, quantos negócios ainda vão fechar, quantos empresários vão precisar ser sufocados, quantos empregos serão perdidos?

Vivemos um momento dramático e as ações precisam ser imediatas. Sem este apoio, muitos negócios continuarão a ser extintos, gerando dificuldades não apenas para os empresários, mas também para a sociedade e para o orçamento público a curto, médio e longo prazo.

A ACB continua empenhada na defesa das empresas do país, as maiores responsáveis pela retomada da atividade econômica, manutenção de postos de trabalho e geração de renda. A garantia de fôlego para os setores da economia sobreviverem e continuarem suas atividades é o caminho mais seguro para se evitar ainda mais desemprego e, consequentemente, mais pobreza e fome para milhões de brasileiros.

*Publicada às quartas-feiras, a coluna cobre a atuação da Associação Comercial da Bahia na defesa do empresariado baiano

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