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A Tarde Memória
A TARDE fez importante registro de Maria Izabel, uma mulher africana, em 1923
A edição de A TARDE Memória desta semana tem como foco a história de Maria Izabel. Em 1923, ela chegou à redação de A TARDE e pediu para ser fotografada. E virou notícia porque, na apuração, a reportagem concluiu que ela tinha 106 anos. Além disso, Maria Izabel era uma africana, que viveu como escrava, mas depois conseguiu a sua emancipação.
Na imagem ela aparece muito elegante, inclusive usando um pano da costa, adereço que era muito utilizado pelas chamadas ganhadeiras, mulheres que em meio à escravidão ou como libertas trabalhavam, geralmente, no comércio de alimentos, mas também por autoridades das religiões afro-brasileiras.
Esse registro feito pelo jornal é muito importante, pois foi realizado pela iniciativa da própria personagem, além de trazer informações mais detalhadas sobre ela. Imagens de mulheres negras foram registradas em diferentes formatos, mas geralmente por estrangeiros e, muitas vezes, sem o cuidado de registrar seus nomes e outras informações. Muitas delas, provavelmente, nunca viram as ilustrações ou retratos para os quais posaram.
Assim, a imagem de Maria Izabel, feita a partir de sua própria iniciativa e dados sobre a sua história que ela mesmo conta é uma preciosidade. Para saber mais confira neste sábado, 10, a versão desse conteúdo no jornal A TARDE.
A coluna A TARDE Memória sai também, além desse espaço digital, em A TARDE FM. Na rádio a publicação é às sextas-feiras. As histórias da coluna são construídas com o material que forma o acervo do Cedoc A TARDE.
