Baiano abandonou 'moral cristã' e hoje transa com 300 casadas por ano
Realizador Baiano é um dos ícones do meio liberal
A imposição bíblica de não cobiçar a esposa alheia contrasta com a sabedoria popular de que o proibido é mais gostoso. Nesta batalha moral, Ricardo, conhecido como Realizador Baiano, não abandonou a fé, mas escolheu seguir apenas nove dos 10 mandamentos.
'Comedor de casadas' profissional, ele é um dos criadores de conteúdo adulto mais populares do Brasil e um dos maiores expoentes do meio liberal soteropolitano, sendo presença constantes em festas que envolvem sexo com até 50 pessoas em entusiasmados finais de semana.
Já a contabilidade anual é menos precisa, mas passa das 300 mulheres - a maioria casadas e geralmente, mas nem sempre, com consentimento do marido.
Teve uma festa que fui com uma camisa branca e dizia 'te comi? assina aqui'. A camisa acabou sem espaço livre
Leia também:
>> Motoristas por aplicativo criam códigos para se prostituir em Salvador
>> Bordel 'de sequestro' volta a funcionar com 'rapidinha' no carro
>> O que acontece no Cine Tupy, o último cinema pornô de Salvador
Batismo
O Realizador penetrou no meio liberal ainda em tenra idade, aos 17 anos. Quando era apenas Ricardo, ele se engraçou com uma moça de 25 anos durante uma viagem para a Ilha de Itaparica. A querida em questão contava que estava curtindo uma viagem ao lado de um suposto primo.
Já no fim do amor de verão, 'Realizadorzinho' descobriu que o acompanhante era, na verdade, o marido. "Foi uma merda", lembra. "Dei uma leve traumatizada e cortei contato com eles. Rola aquele medozinho. Como eu era da Igreja Batista, teve o medo cristão, a questão de não cobiçar a mulher o próximo", revela.
Seis meses após a frustração amorosa, Baiano encontrou novamente o casal. Papo vai, papo vem, termos do casal explicitados, o rapaz voltou a se envolver com a casada.
Em um dos dates na casa dela, ele teve acesso a fotos das festas liberais, o que instigou a curiosidade e aguçou a vontade do novinho. Neste momento, ele deixou ser apenas Ricardo e tornou-se 'Ricardão'.
Quando tudo era mato
O desbravamento do mundo liberal ocorreu na base do boca a boca. Os satisfeitos casais propagandeavam não apenas a performance do rapaz, mas algo fundamental no meio: o sigilo.
"O comum no swing é o envolvimento de dois casais e a subsequente troca de parceiros. Solteiros são mal vistos principalmente porque o homem tem dificuldade de ficar com a boca fechada. Por isso eu prezo tanto pelo sigilo e nunca conto o nome das pessoas com quem me envolvo", garante.
Já as festas que passou a frequentar eram privadas e ocorriam em residências. Só há alguns anos que clubes de swing foram inaugurados em Salvador, facilitando o acesso das pessoas à prática.
Repórter do A TARDE, João Rosa já foi em uma dessas festas liberais e conta o relato nesta reportagem.
Em um desses eventos surgiu o egrégio apelido. "Jovem eu era muito do 'bora? bora'. Topava tudo. Sexo em lugares públicos, com muitas pessoas... Por isso o 'Realizador', pois realizava tudo que me era proposto", lembra.
Fonte de renda
Realizador ainda leva vida de Ricardo, com direito a formação acadêmica e trabalho de 'nove as cinco'. Os vídeos que publica na internet são apenas uma forma de aliar diversão com uma renda extra.
"Comecei a filmar algumas transas porque conheci um casal que tinha esse fetiche de assistir os vídeos das transas e achei legal. Tanto que boa parte do conteúdo que produzo eu nem posto. É mais para eu ver, lembrar", revela.
Alguns destes vídeos, inclusive os gravados com casadas, somam milhões de visualizações em sites pornográficos.
Encontros
Em suas redes sociais, Realizador deixa um contato de WhatsApp. É através dele que mulheres ou casais entram em contato propondo um encontro. Após receber as mensagens, o baiano analisa propostas e os proponentes.
"Algumas mulheres que me procuram não informam se são casadas ou solteiras. Outras dizem e pedem sigilo. Há até casos de maridos me procurando sem a mulher saber. Esses casos eu evito", conta.
Após conversa pelo WhatsApp e troca de nudes, um encontro é marcado em algum bar ou restaurante. "Eu converso muito. Para ser algo legal precisa ter afinidade e intimidade. Até porque o principal é o casal, o momento é sobre eles. Eles precisam curtir, realizar o fetiche da melhor forma possível", afirma.
Outra função que ele realiza com frequência é a de 'promoter de gang bang', modalidade de sexo onde uma mulher transa com vários homens ao mesmo tempo. Ele recebe as solicitações das damas e escolhe os participantes da 'brincadeira'.
Eu gosto de difundir a filosofia do swing
O Realizador chega a receber dinheiro em alguns momentos, mas é apenas pelo fetiche. Quando cobra, pede algo como R$ 2 ou R$ 3.
"Eu sou um fetichista. Estou lá apenas pelo prazer. A partir do momento que se torna uma profissão deixa de ser bom. Até porque garotos de programa não podem possuir filtro de cliente, ou colocam um preço neste filtro. Eu não consigo ser assim. Se não tiver química ou interesse eu nem saio de casa. Além disso, eu gosto de difundir a filosofia do swing, algo que não envolve sexo pago", diz o Realizador.