Festa Nosso Baile movimenta o Rio Vermelho com funk e outras vertentes periféricas | A TARDE
Atarde > Cultura > Música

Festa Nosso Baile movimenta o Rio Vermelho com funk e outras vertentes periféricas

Publicado quarta-feira, 20 de novembro de 2019 às 14:57 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Ashley Malia
Festa toca funk, bahia bass e outros ritmos | Foto: Edgar Azevedo | Divulgação
Festa toca funk, bahia bass e outros ritmos | Foto: Edgar Azevedo | Divulgação -

Pensando no funk como um grande movimento cultural, que sacode a cultura da periferia, além de levar trabalho e renda, a festa Nosso Baile acontece neste sábado, 23, às 21h, no Bombar (Rio Vermelho), com ingressos no valor de R$10.

Idealizada e produzida por Eric Mello, o DJ Manigga, a festa tem o objetivo de levar o público alternativo e underground para espaços que, geralmente, não abraçam essa plateia. Segundo o DJ, ele não se sentia bem tocando em alguns espaços, pois não se via dentro de um público que não compartilhava da mesma realidade.

"Eu quis fazer um baile dentro de um 'pico de boy' trazendo o meu público, que é uma galera alternativa, underground, que não frequenta a casa justamente por existir essa barreira", explicou o idealizador, em entrevista ao Portal A TARDE.

A intenção do baile, segundo Manigga, é quebrar esse muro, tocando uma vertente que todo mundo curte, mas sem precisar higienizar e embranquecer o funk. Durante a entrevista, ele frisou que o funk é, acima de tudo, criatividade.

"O funk se apropria de tudo o que ele pode e se torna aquilo. MC Fioti, por exemplo, pegou a Sinfonia de Bach, que é algo quase impensável para um cara da favela, sem instrução, pegar uma sinfonia de um dos maiores compositores da história, transformar em um funk e isso se tornar um hit mundial", contou ele, mencionando o hit 'Bum Bum Tam Tam', que explodiu nas paradas de sucesso em 2017.

Imagem ilustrativa da imagem Festa Nosso Baile movimenta o Rio Vermelho com funk e outras vertentes periféricas
Produtor destaca o 150BPM e o brega funk como revoluções | Foto: Edgar Azevedo | Divulgação

Para o produtor, é louvável a criatividade de pegar elementos que, talvez, tenham sido até tirados das periferias, como os ritmos, além de outros traços da ancestralidade negra. "O funk é incrivel em todas as vertentes, inclusive nas novas, como o 150BPM, que foi uma revolução muito grande dentro do ritmo, além do brega funk, outra revolução gigantesca", concluiu.

Tocando funk, bahia bass, 150BPM, brega funk e outros ritmos, a festa Nosso Baile conta com a participação do DJ Manigga, Ubunto e Cretino.

Publicações relacionadas