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DANÇA

Do Brasil para o mundo! Bienal de Dança marca encontro entre países

Festival contou mais de 80 atividades para todos os públicos

Franciely Gomes

Por Franciely Gomes

01/10/2025 - 10:06 h
Apresentação 'Dandismo' em Campinas
Apresentação 'Dandismo' em Campinas -

Flow, ritmo e emoção dominaram a 14ª Bienal Sesc de Dança em Campinas, São Paulo, nesta semana. O misto de clima frio e acalorado da cidade foi cenário para companhias do Brasil e do mundo apresentarem espetáculos de todos os gêneros, espalhados por centros culturais.

A abertura do festival, no dia 25 de setembro, foi feita pelo Balé Folclórico da Bahia, com a performance “O Balé Que Você Não Vê”, com direção-geral de Walson Botelho, o Vavá, e direção artística de José Carlos Arandiba, o Zebrinha.

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Trecho de "O Balé Que Você Não Vê"
Trecho de "O Balé Que Você Não Vê" | Foto: JULIANA HILAL

“Eu criei um projeto há anos atrás e chamei de ‘O Balé Que Você Não Vê’, onde propus criar um espetáculo utilizando todas as técnicas estudadas por esses alunos. Fizemos um arranjo da música, colocamos percussão em cima da música e montamos essa história que é concebida com esses corpos pretos, com a maneira preta de dançar e usando todas essas nuances”, explicou Zebrinha.

Diretor regional do Sesc São Paulo, Luiz Gallina conversou com o A TARDE e afirmou que a escolha do Balé para a abertura do festival foi marcada pela forte potência de representatividade da Bahia como berço da cultura afro-brasileira.

“Nós estamos sempre procurando o que há de melhor e procurando aquilo que é mais legítimo na nossa cultura brasileira, onde a presença da Bahia é fundamental na música, na dança, no teatro, na poesia, na literatura. Então, naturalmente, as nossas curadoras e curadores estão atentos a isso”, contou.

“É importante que a Bahia esteja aqui em São Paulo. Que isso que eles trazem da tradição da ancestralidade, da cultura afro-brasileira, seja reconhecido em todos os lugares do mundo e do Brasil. Então, nossa equipe de curadoria está muito atenta a isso, a trazer essas manifestações culturais legítimas”, reforçou.

Apresentação do Balé Folclórico da Bahia
Apresentação do Balé Folclórico da Bahia | Foto: JULIANA HILAL

Ações formativas

Quem passou pelo festival também pôde sair já se preparando para estar na 15ª edição, no ano que vem. Isso porque o evento contou com oficinas gratuitas de dança, chamadas de ações formativas. Uma das mais aguardadas pelo público foi a de “Dança Afro”, comandada por Zebrinha, que apresentou técnicas usadas pelo Balé Folclórico da Bahia.

A turma estava lotada e contou com alunos de todos os gêneros e idades. “Hoje em dia, quando eu faço esse tipo de ação, eu não chamo nem troca, mas de verdade. Eu venho sem saber muito o que fazer, porque eu não sei quem eu vou encontrar”, explicou Zebrinha.

Oficina de Dança Afro com Zebrinha
Oficina de Dança Afro com Zebrinha | Foto: JULIANA HILAL

A programação seguiu com outras formações, como “Coreografias em Papel”, “Capoeira Corpo Iêe”, “MINAS DE OURO – Sobre o nosso Samba e seus Sambares”, “Corpo, Krump e Resistência”, “Prad’ançar Charme” e outras.

Brasil e mundo

A Bienal Sesc de Dança foi um verdadeiro berço da cultura brasileira em sua mais pura expressão. O evento contou com apresentações de samba, baile charme, ballet, hip hop e outros gêneros fortemente presentes pelo país.

Fundadora do GiraSaia Grupo, de Campinas, Renata Oliveira revelou que o espetáculo Saias foi criado para representar a saia como símbolo de força e liberdade, evocando a ancestralidade e feminilidade ao som de ritmos como maracatu, jongo, ijexá e samba de roda.

Apresentação do GiraSaia Grupo
Apresentação do GiraSaia Grupo | Foto: JULIANA HILAL

“O Saias nasce do desejo dessas amigas, irmãs, que se conheceram durante aulas de dança, nesse ímpeto de se expressar e de se fazerem ser ouvidas através da dança. A cultura é circular e contínua, sendo passada de geração em geração. Então, nada mais justo, bonito e circular”, disse ela ao A TARDE.

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Entretanto, engana-se quem pensa que a Bienal se limitou apenas a companhias de dança brasileiras. O festival recebeu grupos de diversos países como França, Ruanda, Inglaterra, Japão, Holanda e Bélgica.

Da França, os espetáculos Cellule [Cela], Mascarades e A mon seul désir [Ao meu único desejo] chamaram a atenção do público com performance voltadas para o erotismo, desejo e danças de rua.

Apresentação Cellule
Apresentação Cellule | Foto: Rubens Tamashiro

As três obras integram a Temporada França-Brasil 2025, parceria que visa celebrar o aniversário de 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países. A ideia é propor diálogos envolvendo ancestralidade, identidade, política e memória brasileira e francesa.

A 14ª Bienal Sesc de Dança segue até o dia 5 de outubro e as apresentações podem ser assistidas de forma gratuita ou pagas (com compra online pelo app Credencial Sesc SP ou presencial, nas bilheterias das Unidades do Sesc SP).

*Repórter viajou a São Paulo a convite do evento.

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Bienal Sesc de Dança Campinas dança sesc

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