EMPREGOS & NEGÓCIOS
Novas regras na CLT: saiba quais serão as mudanças nas férias
Nova regra das férias muda rotina de todos os trabalhadores

Por Iarla Queiroz

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi atualizada em 2025 e trouxe um novo conjunto de regras para a concessão de férias. As mudanças reforçam os direitos dos empregados, trazem mais clareza na hora de planejar o descanso e endurecem as consequências para as empresas que descumprirem a lei.
Uma das principais novidades é a aplicação automática da multa quando as férias não forem concedidas dentro do prazo legal.
Antes, o trabalhador precisava acionar a Justiça do Trabalho para ter direito ao pagamento em dobro — um processo demorado e muitas vezes desgastante. Agora, a penalidade é imediata, sem necessidade de ação judicial, o que fortalece o cumprimento da norma e desestimula abusos por parte dos empregadores.
Férias fracionadas com novas regras
A divisão do período de férias em blocos menores continua sendo possível, mas com restrições diferentes. O primeiro descanso precisa ter pelo menos 14 dias corridos, enquanto os demais não podem ser inferiores a cinco dias cada.
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Além disso, a empresa deve apresentar justificativa formal para propor o fracionamento, e o trabalhador tem o direito de recusar. A ideia é garantir que a organização das empresas não prejudique o descanso efetivo, essencial para a saúde física e mental dos profissionais.
Aviso prévio obrigatório
Outra alteração importante é na comunicação do início das férias. Agora, as empresas devem avisar por escrito com, no mínimo, 30 dias de antecedência.
A medida busca corrigir uma prática comum em que muitos trabalhadores só eram informados de última hora ou de maneira informal. A exigência traz transparência ao processo e permite que o empregado consiga se organizar melhor.
Modernização da legislação trabalhista
Essas mudanças se somam a direitos já garantidos, como o pagamento do 13º salário, os depósitos de FGTS e o direito à desconexão fora do expediente.
Com as atualizações, o governo pretende modernizar as relações de trabalho sem abrir mão das garantias básicas, aproximando a legislação brasileira de modelos internacionais de proteção ao trabalhador.
As novas regras já estão em vigor, e as empresas precisam se adaptar imediatamente para evitar multas e se manter dentro da lei.
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