CRIME NAS REDES
'Errei, fui menino' e emojis: veja como pedófilos se identificam online
Debate ganhou força com os casos de exposição de crianças nas redes sociais e a prisão de Hytalo Santos
Por Luiz Almeida

O Encontro com Patrícia Poeta, da Globo, apresentou nesta sexta-feira, 15, um debate sobre um assunto que ganhou repercussão nos últimos dias: a exposição de crianças nas redes sociais. O programa ressaltou os códigos utilizados por pedófilos para se identificar online.
A juíza Vanessa Cavalieri, responsável pela Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, explicou como esses símbolos funcionam nas conversas virtuais.
“Os pedófilos usam códigos nas redes sociais, que fazem com que um identifique o outro. A partir dessa identificação, eles acabam conversando em grupos de WhatsApp ou Telegram”, afirmou a magistrada.
Emojis e mensagens codificadas nas redes sociais
Segundo Vanessa Cavalieri, os criminosos usam emojis e gifs com conotação sexual para sinalizar interesse por crianças. Entre os exemplos citados pela juíza estão:
- 🔥 (“foguinho”) e 🍕 (“pizza”) para meninas, simulando órgãos genitais;
- 🔵 (“azul”) para interesse em meninos;
- 🍆 (“berinjela”) para simbolizar o pênis.
Além dos emojis, a frase “errei, fui menino” seria utilizada para indicar que o pedófilo teria praticado um ato sexual com uma criança, funcionando como um código de confissão entre membros da rede.
Caso de 'adultização' ganha repercussão
A discussão sobre os códigos de pedófilos veio à tona após a prisão do influenciador paraibano Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, nesta sexta-feira, 15.
Hytalo é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração e exposição de menores em conteúdos digitais.
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O caso viralizou depois que o youtuber Felca, com mais de 4 milhões de inscritos, denunciou a chamada “adultização” de crianças e adolescentes em vídeo publicado no dia 6 de agosto.
Desde então, Hytalo vem sendo alvo de medidas da Justiça da Paraíba, incluindo mandados de busca e apreensão, em resposta a uma ação civil pública do MPPB.
“É fundamental que os pais e responsáveis estejam atentos às atividades digitais das crianças e adolescentes, bem como aos sinais de códigos utilizados por criminosos para exploração sexual”, alertou a juíza Cavalieri.
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