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Dupla Ba-Vi mira atenuar pontos fracos para reagir

Publicado segunda-feira, 17 de outubro de 2016 às 23:00 h | Atualizado em 18/10/2016, 00:14 | Autor: Vitor Villar
Times baianos lutam contra o abismo
Times baianos lutam contra o abismo -

Vislumbrar a dupla Ba-Vi na elite do ano que vem já parecia difícil: poucas vezes o Bahia frequentou o G-4 da Série B. Mas o que confortava quem torce pelo futebol do estado era saber que o oposto disso, ou seja, ver os dois times disputando a Segunda Divisão em 2017, parecia ainda mais improvável.

Pois é essa a situação que se apresenta agora, encerrada a 31ª rodada do Brasileiro – faltando sete jogos para o final, portanto. Se o campeonato terminasse hoje, teríamos Ba-Vi na Série B em 2017. Com a derrota para o Sport, por 1 a 0, no domingo, 16, o Rubro-Negro voltou à zona de rebaixamento após oito rodadas; já o Esquadrão, apesar do triunfo pelo mesmo placar sobre o Brasil de Pelotas, não consegue entrar no G-4 há cinco rodadas.

O cenário é praticamente inédito nesta temporada: só havia acontecido uma vez, na 24ª rodada, quando o Leão perdeu para o Flamengo no Barradão e acabou em 18º. O Tricolor, por sua vez, empatou com o Náutico em Recife e ficou em 7º.

A outra vez em que o Rubro-Negro esteve entre os quatro últimos da Série A foi após a sua estreia, quando perdeu para o Santa Cruz fora de casa. Mas o Esquadrão venceu o Avaí por 2 a 1 na Fonte Nova e acabou a rodada em 4º. Foi o único momento, curiosamente, em que os dois trocariam de divisão.

O cenário perfeito para o futebol estadual, com dupla Ba-Vi virtualmente na Série A, também teve raras aparições. O Bahia figurou no G-4 da Série B com o Vitória fora da zona da degola da A em apenas sete rodadas.

Leão abatido

O grupo do Vitória desembarcou na manhã desta segunda em Salvador claramente abalado. “Lógico que a gente fica chateado. Ficamos cinco dias longe de casa, longe da família, e para piorar vêm duas derrotas que não estavam no pensamento de ninguém”, lamentou o atacante Zé Love, que perdeu um dos dois pênaltis que o time bateu contra o Sport.

Dos sete jogos que restam para o Rubro-Negro, quatro serão em casa. O que deveria ser uma bênção parece mais, na verdade, um carma: a equipe tem o quarto pior rendimento da Série A como mandante. São cinco derrotas, quatro empates e seis triunfos.

“Tem que pensar jogo a jogo. A partida contra o Cruzeiro (domingo, às 16h, no Barradão) é uma decisão e a gente pede apoio. O torcedor está magoado, mas a gente viu que o Sport vinha de derrotas, o torcedor encheu o estádio e isso ajudou”, concluiu Zé Love.

Esquadrão animado

Para o Bahia, a situação é oposta: dos sete jogos, quatro serão como visitante. Ainda assim, o receio é o mesmo do rival, já que, fora de casa, o Tricolor tem a 17ª campanha, digna de rebaixamento. São oito derrotas, cinco empates e apenas dois triunfos.

Porém, o duelo será em Barueri, na grande São Paulo, onde o Esquadrão deverá ter mais público que o mandante, o pequeno Oeste. Para o duelo, sábado, às 15h20, as embaixadas paulistas planejam fazer uma mobilização. “A gente sabe que fora de casa tem vacilado. Mas independentemente disso a gente sabe que vai ter o apoio do nosso torcedor. Qualquer apoio, seja de 10 ou 20 torcedores, será importante”, disse o atacante Wesley Natã, autor do gol do triunfo sobre o Brasil.

Nesta terça, 18, o time treina à tarde e seca à noite. Três concorrentes entram em campo.


Vitória


17ª é a colocação do Vitória no campeonato e na lista de melhores campanhas como mandante. Situação pode mudar a partir de domingo, na Toca, contra o Cruzeiro 

3 rodadas de 31 tiveram o Vitória na zona de rebaixamento da Série A: a primeira, a 24ª e a atual. Porém, a ameaça esteve sempre rondando 

3 derrotas consecutivas passou a somar o Leão após a queda diante do Sport. Esta é a maior série de reveses do Rubro-Negro na competição 


Bahia


4º pior desempenho em jogos fora de casa. É com isso que o Bahia, o melhor mandante da Série B, tem de conviver até sábado, quando visita o Oeste 

8 vezes o Tricolor conseguiu ingressar no G-4 da Segundona. Em 2015, ficou entre os quatro primeiros em 21 rodadas, mas acabou não subindo 

67% de aproveitamento tem o Esquadrão no segundo turno, o que o coloca com a terceira melhor campanha. O time fechou o primeiro turno apenas em 10º

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