JOGOS OLÍMPICOS DE PARIS
Estrelas do boxe baiano encerram preparação e embarcam rumo à Paris-24
Bia Ferreira, Keno Marley, Tati Chagas, Wanderley Pereira e Bárbara Santos buscam o ouro nas Olimpíadas
Por Beatriz Amorim
O sonho olímpico segue vivo nas veias dos baianos, que serão representados no boxe por Bia Ferreira, Keno Marley, Tati Chagas, Wanderley Pereira e Bárbara Santos. Os pugilistas embarcarão nesta terça-feira, 9, com destino aos Jogos Olímpicos de Paris, que começarão no dia 26 de julho. Assim, com a preparação encerrada, os atletas concederam entrevista ao Portal A TARDE nesta segunda-feira, 8, e comentaram sobre as expectativas e ansiedade, além da responsabilidade de representar o 'Estado do boxe'.
Bárbara Santos, que disputa na categoria de até 66kg, afirmou se sentir honrada por representar o Brasil e todo o estado, afirmando ser um celeiro muito grande de atletas da modalidade.
“É sempre muito gratificante representar o lugar que nascemos, nossa naturalidade, e como você disse, é um celeiro muito grande, onde saem os melhores, aqui na Seleção Brasileira temos muitos atletas e eu acredito que a metade dos classificados sejam da Bahia. Então, os números falam por si só. É uma honra representar a minha Bahia e, claro, a minha nação brasileira”, disse a pugilista.
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No mesmo sentimento, Tati também opinou sobre esse crescimento do boxe baiano, que nesta edição, será metade dos atletas do Brasil classificados. A atleta de categoria 54kg disse que isso se dá devido aos projetos sociais da cidade, que facilitam o acesso dos jovens ao esporte.
“Acredito que a Bahia seja o celeiro do boxe por conta dos projetos, né? Acho que o boxe é o esporte com mais projetos para a comunidade carente em Salvador. Por isso, com esse olhar, falem tanto sobre os atletas baianos”, opinou Tati.
“Eu acredito que isso me dá um gás a mais, né, a vontade de fazer história. Na publicação contra o colombiano, apesar de lá também utilizar muita pimenta, eu mostrei que a nossa terra tem um fogo a mais”, disse o atleta.
A responsabilidade também é vista por Keno Marley, da categoria 92kg, que vai para a sua segunda Olimpíadas e deseja esquecer a última edição, que ocorreu em Tóquio, desta vez garantindo a medalha, melhor ainda se for de ouro.
“Tóquio foi uma etapa muito importante para mim, eu queria a medalha, mas infelizmente não saí com o desfecho esperado. Porém isso me serviu de experiência, de aprendizado, logo em seguida eu disputei mundiais, conquistei competições e aqui foi um alicerce para Paris. Eu gostaria de refazer aquela situação da medalha e dessa vez conquistar o triunfo”, projetou o atleta.
E se o assunto é pódio, Beatriz Ferreira, campeã mundial, medalhista de ouro no Pan-Americano e prata na última edição, não pode ficar de fora. A soteropolitana foi questionada sobre a receita do sucesso na modalidade, atribuindo os bons resultados aos projetos sociais que a cidade oferece.
“O diferencial do boxe baiano são os projetos sociais. A Bahia é um celeiro e eu tenho muito orgulho disso. Na escola, mesmo que o meu pai não fosse atleta, eu teria praticado boxe porque eu sempre tive acesso. Acho que ele incentiva muito e acredito que por isso temos grandes atletas”, avaliou a campeã do mundo, que continuou.
“É muito legal e interessante esse lance de projetos sociais, a gente vê ainda que não tem muitas meninas, mas aos poucos, com as oportunidades, vamos mostrando a nossa capacidade. Não tem essa de sexo, todo mundo treina a mesma coisa, temos a mesma carga que o masculino, então também precisamos das mesmas oportunidades. Hoje tudo que tenho é graças ao esporte, graças ao boxe e eu sou feliz nisso, por isso que me dedico tanto e tenho muito orgulho de representar o meu país e o meu estado”.
Sobre a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris, Bia garantiu que os seus treinos começaram logo após a edição passada, ainda em 2021. A baiana busca a sua inédita medalha de ouro, podendo se tornar a primeira atleta, entre homens e mulheres, a conquistar as Olimpíadas e o cinturão no mesmo ano.
“A preparação começou após os Jogos de Tóquio, já estávamos pensando em Paris. Eu já estava prevendo iniciar a minha trajetória no profissional e eu gostei desse desafio, acho que uma coisa completou a outra e me fez encarar o que quero na minha trajetória no esporte. Um vai ajudando o outro e eu acho que o principal de tudo é ter me incentivado mais a manter a garra para ir em busca da medalha que sei que sou capaz de ter, que é o ouro”, finalizou Bia.
As disputas do boxe nos Jogos de Paris 2024 acontecerá entre os dias 27 de julho e 10 de agosto no estádio de Roland Garros e na Arena Paris Norte. O formato será de 36 avos, oitavas de final, quartas, semifinais e final. A primeira medalha garantida será a partir das semis, tendo em vista que não tem disputa de 3º lugar na modalidade.
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