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NEGÓCIOS EM ALTA

Melhora nos índices de emprego formal turbinam expectativas na Bahia

Estado espera crescer 5% no segundo semestre

Por Núbia Cristina

12/08/2024 - 14:35 h | Atualizada em 12/08/2024 - 15:59
Black Friday e 13º vão aquecer economia no segundo semestre
Black Friday e 13º vão aquecer economia no segundo semestre -

A projeção de negócios do setor do comércio de bens, serviços e turismo na Bahia é de crescimento de 5% entre julho e dezembro de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. Indicadores da Fecomércio-BA apontam bons resultados no semestre, potencializados pela Black Friday, em novembro, e no último mês do ano pela injeção do 13° salário na economia, que turbina as vendas do Natal.

As boas perspectivas estão relacionadas ao aumento do número de trabalhadores com carteira assinada no estado. “Houve melhora significativa no emprego - são mais de 70 mil pessoas no mercado formal, na Bahia, com carteira assinada. Isso vai gerar uma consequência positiva no final do ano, com a injeção do 13° salário e confiança também. Com confiança, se a pessoa está empregada, ela acaba tendo mais disposição de gastar e [mais] acesso a crédito”, explica o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

“A taxa de desemprego do primeiro trimestre deste ano foi a mais baixa desde 2015. Isso é extremamente importante”, pontua o consultor. “Na verdade, a Bahia tem uma taxa de desemprego que vem caindo, mas ela é muito alta em relação aos demais estados. É a taxa mais alta no Brasil e a mais alta na região Nordeste. É um desafio que se tem na Bahia, mas pelo menos tem caído, o que gera uma consequência positiva. Ou seja, mais gente empregada, com mais renda, e isso tem uma consequência no comércio e nos serviços”, completa.

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Guilherme Dietze também demonstrou insatisfação com a política de juros altos mantida pelo Banco Central. OComitê de Política Monetária (Copom), vinculado à instituição, manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 10,5% ao ano na reunião mais recente do grupo, realizada no último dia 31 de julho.

“É uma frustração, porque a gente gostaria que a taxa fosse mais baixa. Mas, diante do cenário de incertezas da questão fiscal do governo, é natural que houvesse essa paralisação do movimento de redução da Selic”, disse o consultor.

Inadimplência

Dietze faz um contraponto entre o cenário atual e o verificado no fim do ano pasado. “Há uma grande diferença deste momento em relação ao final de 2023. Primeiro, a gente estava com uma taxa de juros bem mais elevada e muitas famílias ainda inadimplentes, ou seja, com contas em atraso”, pontuou.

“A gente teve uma dificuldade muito grande e, mesmo com uma melhoria no mercado de trabalho, a renda não era transportada para o comércio e serviços. Porque era preciso pagar esse crédito feito, essa conta vencida e não paga. Então, houve demora grande da recuperação do varejo, as vendas ficaram praticamente estáveis no ano passado”, analisa Dietze.

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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) aponta que 226,6 mil famílias, em Salvador, entram nesse segundo semestre com dívidas em atraso. Pode parecer alto, mas, em um ano, 66 mil famílias deixaram de fazer parte dessa estatística.

Outro fator importante é que a inflação mais controlada também permite um ganho de renda para a população e tem reflexos no comércio. De acordo com o IBGE, os preços subiram 2,49% até quase o meio deste ano, enquanto no mesmo período do ano passado o percentual havia sido de 3,23%, na Região Metropolitana de Salvador.

“O grupo Alimentação e Bebidas está com estabilidade nos preços. Alguns itens importantes, como carnes e frutas, estão em queda na Região Metropolitana de Salvador e isso traz um alívio no bolso das famílias e aumenta o poder de compra”, destaca o consultor econômico da Fecomércio-BA

Por sua vez, o que tem aumentado os preços é o grupo Saúde, com alta dos medicamentos, planos de saúde, produtos de higiene e beleza. “A gente vai ter um aumento em julho por conta da questão da gasolina, do gás de cozinha e da tarifa de energia elétrica, que mudou para amarela. No entanto, por mais que haja esses reajustes, no geral os preços estão bem mais acomodados. e isso traz um benefício muito grande em relação ao poder de compra”, finaliza.

PERSPECTIVA DE INCREMENTO PARA O TURISMO

O segundo semestre traz ótimas perspectivas de crescimento para o turismo da Bahia. A alta do dólar inibe viagens para o exterior e aumenta o turismo doméstico, e a Bahia tem sido o destino mais procurado. “A tendência é muito promissora para o turismo baiano, pela sua localização e opções variadas de praia e hospedagem. Nesse quesito, é difícil competir com a Bahia”, explica o consultor da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze. Ele ressalta que há investimentos em hotelaria, aumento da oferta de voos – domésticos e internacionais –, além de melhoria nas estruturas de turismo.

Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), Angelo Almeida, a perspectiva otimista da Fecomércio-BA é “bem fundamentada” e reflete um conjunto de condições favoráveis, que devem sustentar o crescimento das vendas no comércio baiano no segundo semestre. “Acreditamos que, com a continuidade dessas tendências, sendo mantida a política de cortes na taxa Selic pelo Banco Central, o setor poderá alcançar resultados ainda melhores, contribuindo significativamente para a economia do estado”, pontua.

O secretário destaca que têm um papel crucial a estabilidade econômica observada nos últimos meses aliada a políticas eficientes, como o Programa Desenrola, do governo federal, que possibilitou a renegociação de dívidas para mais de 92 mil pessoas na Bahia. “O governo do estado tem se empenhado em atrair novos investimentos. Um exemplo desse esforço é a chegada de grandes indústrias, que gerarão mais de 10 mil empregos, impactando os setores de comércio e serviços, demonstrando o compromisso do governador Jerônimo Rodrigues com o desenvolvimento econômico e a geração de oportunidades para a população”, destaca.

Entretanto, para Angelo Almeida, mesmo com todo o esforço empenhado pelo governo da Bahia para promover o crescimento econômico sustentável, é necessário destacar que a atual taxa Selic tem sido um verdadeiro freio econômico, dificultando novos investimentos no estado. “Essa taxa elevada de juros impacta negativamente no custo do crédito, tanto para consumidores quanto para empresários, limitando o potencial de crescimento econômico”, conclui.

Confira o caderno especial na íntegra:

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