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Oposição estuda pedir quebra da Aerolíneas Argentinas

Publicado segunda-feira, 28 de julho de 2008 às 17:32 h | Autor: EFE

A União Cívica Radical (UCR), segunda força parlamentar da Argentina, disse hoje que estuda pedir a quebra da Aerolíneas Argentinas, que está passando das mãos do grupo espanhol Marsans para o Estado.

Em comunicado, o líder da UCR, Gerardo Morales, disse que a força política "estuda solicitar a quebra da empresa para que depois o Estado tome o controle de Companhias aéreas sem que seja feita acusação do passivo, com o objetivo de garantir a continuidade do serviço e a fonte laboral".

"Por outra parte, nossos advogados estão trabalhando para ver se teria ocorrido uma administração fraudulenta na Aerolíneas Argentinas por parte da empresa, com responsabilidade dos funcionários em representação do Estado", sustentou o senador Morales.

O grupo Marsans e o Governo argentino assinaram, há uma semana, um acordo em que a companhia passará ao Estado argentino 94,41% das ações da Aerolíneas Argentinas e 97% da Austral.

Com esse acordo foi aberto um período de dois meses em que será efetuada uma auditoria interna para determinar o preço das ações que serão transferidas ao Estado argentino, que já tem uma participação de 5% em companhias aéreas.

A Aerolíneas Argentinas tem dívidas de US$ 890 milhões e perde cerca de US$ 1 milhão por dia, além de ter a metade de sua frota danificada.

"Outra das observações que fazemos ao projeto de lei (enviado pelo Executivo ao Parlamento para convalidar a transferência ao Estado) é que lá somente se estabeleceu a participação do Tribunal de Taxações para a determinação de valor do pacote acionário", disse Morales.

Segundo o senador, esse tribunal "a única coisa que pode avaliar são os ativos, mas é preciso determinar os passivos e estabelecer o patrimônio líquido da empresa, para o qual não só deveria trabalhar o Tribunal de Taxações, mas também a Sindicância Geral da Nação (Sigen)".

"Além disso, o Estado deveria contratar um auditor externo, que poderia ser neste caso a Federação de Conselhos Profissionais de Ciências Econômicas, para que, com independência de critério, determine se o patrimônio líquido resultante da análise do Tribunal de Taxações e da Sigen é correto e pertinente", disse Morales.

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