PAULO AFONSO
Prefeito abre atas para gastos de R$ 1 milhão em água mineral na Bahia
Uso equivale a mais de 2 milhões de copos de água por ano no município
Por Rodrigo Tardio

A prefeitura de Paulo Afonso, Vale do São Francisco, na gestão Mário Galinho (PSD), publicou no Diário Oficial, edição do último dia 25 de julho, três atas de registros de preços para contrato com três fornecedores de água mineral, os quais somados passam de R$ 1 milhão de reais. A denúncia é do vereador Jailson Oliveira (PP).
"Nunca vimos, em mais de 30 anos, um desrespeito tão grande com o dinheiro público. O prefeito passa dos limites do descaso e da irresponsabilidade com o cofre público", disse um município.
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Os contratos por ata de preço, os quais somados atingem R$ 1.129.150,00, foram com os seguintes fornecedores:
- Manoel Evito – R$ 279.800
- Melo Distribuidora – R$ 287.350
- Sagitário – R$ 562.000



Em média, seriam mais de 2 milhões de copos de água por ano, ou 171 mil copos por mês.
O contrato prevê “futura e eventual aquisição de gêneros alimentícios para atender às necessidades do complexo administrativo municipal de Paulo Afonso”.
“A Prefeitura quer abrir comércio para vender água mineral? Já o valor a receber dos servidores demitidos em janeiro, até agora ele não pagou”, disse outro município.
Gastos com São João
Em junho deste ano, Mário Galinho já tinha sido questionado pelos parlamentares , por gastos que ultrapassaram os R$ 4 milhões de reais com atrações artísticas, enquanto serviços do Hospital Nair Alves de Souza estariam precários.
Estado de Emergência
Em janeiro, logo no início do mandato, Galinho chegou a decretar estado de emergência nas áreas de Saúde, Educação e Desenvolvimento social do município. Sendo assim, de acordo com a publicação no Diário Oficial, à época, foi autorizada contratações emergenciais com dispensa de licitação nos termos de fornecedores profissionais instituições especializadas na área de saúde e educação para a gestão operacionalização e execução do serviço de saúde e educação.
As contratações emergenciais terão prazo de até 90 dias, podendo ser prorrogadas por igual período ou reduzidos, caso seja necessário até a conclusão do processo licitatório para contratação regular do serviço de saúde e educação e desenvolvimento social.
A reportagem ocorreu à Prefeitura de Paulo Afonso, e ainda aguarda resposta ao questionamento.
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