PARIS 2024
Organizadores de Paris 2024 pedem desculpa pela paródia da Santa Ceia
Abertura das Olimpíadas 2024 teve uma releitura da última ceia, com drag queens e drags
Por Da Redação e AFP
A França, embora se orgulhe de suas raízes católicas, e tenha maioria de franceses católicos declarados, também é o berço do vanguardismo e da libertinagem. Uma das maiores lembranças do século XVII, é a polêmica corte de Luís XIV, que era conhecida pelo luxuria e sexo. O próprio, que julgava ser ungido por Deus, traia sua esposa com diversas mulheres da corte. Assim como seu irmão, Filipe I, que traia sua mulher com diversos homens.
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Trazendo para hoje, o que chocou os conservadores na abertura das Olimpíadas de Paris 2024, foi uma releitura da Santa Ceia. Um grupo de drag queens, uma modelo transgênero e um cantor nu fantasiado como o deus grego do vinho pintado de azul, ocupavam o lugar que seria no passado, ocupado pelos discípulos de Cristo. No entanto, a cena representava um quadro de Da Vinci, “A Última Ceia”, que também é uma releitura.
Mesmo assim, os Organizadores das Olimpíadas de Paris 2024 pediram desculpas a grupos católicos e cristãos pela cena na cerimônia. “Nossa intenção não era desrespeitar nenhum grupo religioso”, disse a porta-voz de Paris 2024, Anne Descamps.
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O diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly, afirmou que o objetivo era celebrar a diversidade e prestar homenagem à festa e à gastronomia francesa. Assim foi também o desfile realizado em frente ao Rio Sena, que tinha pessoas do grupo LGBTQIA +.
"Meu desejo não é ser subversivo, nem zombar, nem escandalizar", disse Jolly à agência AFP. "Sobretudo, queria enviar uma mensagem de amor, uma mensagem de inclusão e de forma alguma dividir", complementou.
Cada vez mais a direita
A França se vê a cada dia cercada por um campo de ultradireita através de Marine Le Pen. Algumas cenas do espetáculo chegaram a não ser transmitidas em países de maioria muçulmana.
Em um comunicado de imprensa publicado no sábado, 27, a Conferência Episcopal Francesa (CEF) lamentou que a cerimônia de abertura dos Jogos de Paris 2024 tenha incluído “cenas de escárnio e zombaria ao Cristianismo, que deploramos profundamente”.
A política de extrema direita Marion Maréchal se pronunciou sobre a cena nas redes sociais. “A todos os cristãos do mundo que estão a assistir à cerimônia Paris 2024 e se sentiram insultados por esta paródia drag queen da Última Ceia, saibam que não é a França que fala, mas uma minoria de esquerda pronta para qualquer provocação”, disse.
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