OPERAÇÃO ERVA AFETIVA
Blogueira Melissa Said estava sendo procurada desde 2024: "Articuladora"
Com mais de 350 mil seguidores, Melissa afirmou, no momento da prisão, ser apenas usuária de maconha

Por Gabriel Freitas e Andrêzza Moura

Depois de prender a influenciadora Melissa Said, apontada como articuladora de um grupo envolvido com apologia ao consumo e tráfico de drogas, nesta quinta-feira, 23, Ernandes Reis, diretor do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), detalhou ao Grupo A TARDE as investigações que resultou na Operação Erva Afetiva.
Seguida por quase 350 mil seguidores no Instagram, Melissa afirmou, no momento da prisão, ser apenas usuária de maconha. No entanto, o diretor da Denarc afirmou que as investigações apontam para um envolvimento maior da influenciadora.
Segundo Ernades Reis, as investigações iniciaram em 2024, quando houve requisição do Ministério Público para apurar o caso de uma influenciadora que estaria "fazendo apologia ao uso de drogas", além de ensinar como guardar os entorpecentes fora do alcance da polícia, inclusive em aeroportos.
"Demos início com as investigações em 2024. Através da Inteligência da Polícia Civil, conseguimos informações que a influenciadora, além da apologia ao uso da droga [maconha], ela também estava comercializando esse entorpecente. Conseguimos identificar os elos dela fora do estado, em São Paulo, sendo a capital paulista e também Araçatuba. E a partir disso, representamos pelas buscas e apreensões e pela prisão da influenciadora", detalhou ao Grupo A TARDE.
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Articuladora
O delegado informou ainda que o papel de Melissa era articular o esquema de drogas que eram enviadas de São Paulo para a Bahia. Ao chegar no estado baiano, os dois suspeitos, que foram presos em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), na quarta-feira, 22, vendiam a droga.
No momento da prisão, um dos acusados de ser o responsável pela comercialização das drogas estava com uma quantidade de drogas avaliada em R$ 20 mil.
"Conseguimos prender, em flagrante, sendo encontrado 1,4 kg de skunk, uma maconha mais forte e mais cara. Também foi encontrado 275 gramas de haxixe. Todo esse material avaliado em mais ou menos R$ 20 mil de entorpecente", disse. Com Melissa não foi encontrado nada ilícito.
Prisão preventiva
Ernandes Reis também explicou que Melissa e os demais investigados podem ficar detidos por 30 dias, cumprindo a prisão preventiva. Nesse período, será finalizado o inquérito policial com as provas da investigação, onde eles serão denunciados ao Ministério Público e, posteriormente, serem julgados.
Até o fechamento desta matéria, Melissa estava sendo ouvida no Denarc, nos Barris, e ficará custodiada na Dercca. A audiência de custódia da suspeita deve acontecer nesta sexta-feira (24).
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