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JÚRI POPULAR

Caso Sara: em dia de julgamento, mãe cobra justiça pela morte da filha

Dona Dolores vai acompanhar de perto o julgamento dos assassinos

Andrêzza Moura

Por Andrêzza Moura

25/11/2025 - 6:00 h | Atualizada em 25/11/2025 - 6:39
A mãe de Sara acredita que Ederlan mandou matá-la por ganância
A mãe de Sara acredita que Ederlan mandou matá-la por ganância -

"Eu creio que, para a honra e a glória do Senhor, eles vão ser condenados sim", afirmou Dolores de Freitas, mãe da pastora Sara de Freitas, morta em outubro de 2023 a mando do marido, Ederlan Santos Mariano, ao comentar o julgamento de três dos quatro acusados, marcado para esta terça-feira, 25.

O juri popular de Ederlan, Weslen Pablo Correia de Jesus e Victor Gabriel Oliveira Neves, terá início às 8h, no Tribunal do Júri do Fórum Criminal Desembargador Gerson Pereira Santos, em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A previsão é que a sentença saia na quarta-feira, 26.

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Ederlan, Zadoque e Victor serão julgados pela morte de Sara
Ederlan, Zadoque e Victor serão julgados pela morte de Sara | Foto: Reprodução Redes Sociais

"O que eu quero é justiça. O que eu quero é que o Senhor abençoe e faça justiça junto com o homem da terra, que faça justiça na vida desses homens. Em nome de Jesus, eu creio que esse juiz, essa juíza vão ser usados por Deus e vão sentir no coração a perda de uma filha. Pelas maldades que eles fizeram com a pessoa que não merecia que era a Sara de Freitas", declarou dona Dolores.

Sara saiu de casa na noite do dia 24 de outubro, no bairro da Valéria, em Salvador, para participar de um evento religioso, e foi encontrada morta, no dia 27, na entrada do Povoado Leandrinho, em Dias D'Ávila. Ela foi morta a facadas e teve o corpo parcialmente queimado.

À época do fato, o delegado Euvaldo Costa, titular da 25ª Delegacia Territorial de Dias D'Ávila, revelou que Sara foi atraída pelos suspeitos para um falso encontro de mulheres em uma igreja evangélica do município e foi brutalmente assassinada com 22 facadas desferidas por Weslen Pablo, mais conhecido como Bispo Zadoque.

Zadoque foi o responsável por esfaquear Sara, segundo o delegado Euvaldo Costa
Zadoque foi o responsável por esfaquear Sara, segundo o delegado Euvaldo Costa | Foto: Reprodução Redes Sociais

Ele contou com a ajuda de Victor, que foi quem imobilizou Sara, e de Gideão Duarte, responsável pelo transporte dos suspeitos até o local do crime e durante a fuga. Foi Gideão também quem buscou Sara em casa e a levou ao local onde foi morta.

"Ele [Zadqoue] ficou com tanta raiva porque ela [Sara] reagiu e o derrobou, que deus vários golpes. Foram tão violentos [golpes de faca], que um rompeu a coluna cervical dela e outro o abdômen, o tórax", contou Costa, durante as investigações.

Ederlan foi preso no dia 27, mesmo dia em que o corpo da esposa foi encontrado. Já Zadqoue e Victor foram detidos no dia 28. Todos estão presos preventivamente Penitenciária Lemos Brito, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.

Segundo informações do Ministério Público da Bahia (MPBA), os acusados vão responder pelos crimes de feminicídio executado por motivo torpe, meio cruel e sem possibilitar a defesa da vítima, de ocultação de cadáver e associação criminosa.

Réus e denúncias

  • Ederlan Santos Mariano - viúvo da cantora e apontado como mentor intelectual do crime
  • Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como Bispo Zadoque - apontado como responsável por dar 22 facadas em Sara
  • Victor Gabriel Oliveira Neves - quem segurou Sara para Zadoque esfaquear
Gideão oi condenado a 20 anos, 4 meses e 20 dias de prisão
Gideão oi condenado a 20 anos, 4 meses e 20 dias de prisão | Foto: Reprodução Redes Sociais

O quarto suspeito, Gideão Duarte de Lima - responsável por transportar os acusados e a vitima - já foi condenado a 20 anos, 4 meses e 20 dias de prisão por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa. O júri popular dele ocorreu no dia 16 de abril deste ano.

Expectativas para o julgamento

O julgamento desta terça-feira deve ser longo e não se espera conclusão em um único dia, devido à complexidade do caso e à quantidade de provas. Testemunhas deverão detalhar os crimes e a relação entre os acusados e a vítima.

Além de pastora, Sara também era cantora
Além de pastora, Sara também era cantora | Foto: Reprodução Redes Sociais

O caso permanece como um dos mais emblemáticos e chocantes da Bahia nos últimos anos, com a família da pastora e cantora gospel Sara aguardando que o Tribunal do Júri faça justiça. Em conversa exclusiva com o Portal A TARDE, dona Dolores afirmou que espera a condenação de todos os envolvidos na morte da filha e revelou o que faria se tivesse a oportunidade de ficar cara a cara com Ederlan:

"perguntaria para ele por que tanta maldade que ele fez com a Sara, se ela convivia com ele, só fazia o bem a ele. Por que ele não deixou ela se não gostava mais dela, se ele gostava do Zadoque, como ele falou. Ele falou que amava ele [Zadoque], que era apaixonado por ele. Por que ele não deixou a Sara viva e foi morar com esse homem?".

Contexto do crime

O crime aconteceu na noite do dia 24 de outubro de 2023, na entrada do Povoado Leandrinho, e corpo de Sara foi localizado três dias depois, no dia 27, parcialmente carbonizado. Ela foi morta com 22 facadas.

De acordo com as investigações, Ederlan Mariano teria encomendado a morte da então companheira, com quem teve uma filha, e com quem mantinha uma relação abusiva marcada por violência emocional.

Sara teve um filha com Ederlan
Sara teve um filha com Ederlan | Foto: Reprodução Redes Sociais

O crime foi colocado em prática por Weslen Pablo, o Zadoque, que foi quem esfaqueou a vítima, enquanto Victor Gabriel a segurava. Gideão foi responsável por levar tanto os acusados quanto a vítima ao local do crime.

Em depoimento, eles contaram ao delegado Euvaldo Costa que foram convencidos por Ederlan a participar do crime, sob a promessa de que seriam recompensados com a divulgação de seus trabalhos na TV Shalon - canal evangélico no YouTube com mais de 260 mil inscritos -, e no estúdio, ambos de sua propriedade, além de R$ 2 mil e uma quantia pertencente a Sara, que, se encontrada, seria dividida entre os três. Eles admitiram ter dividido R$ 2 mil.

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"Eles tiveram três encontros para planejar o crime. Evitavam falar por telefone e por mensagens, queria fazer o crime perfeito. Eles começaram a tramar a morte de Sara no dia 6 de setembro de 2023, na casa dela", disse o delegado Euvaldo Costa, em entrevista concedida ao Portal A TARDE, no início das investigações.

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