POLÍCIA
Mensagens mostram advogada do BDM ameaçando rivais: "começar a matar"
Poliane França á apontada como articuladora externa do líder da facção, preso no Presídio de Serrinha

Por Victoria Isabel

A advogada Poliane França Gomes, presa no dia 27 de novembro após ser apontada pela Polícia Civil como integrante da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM) em Salvador, usava mensagens por aplicativo para ameaçar integrantes do grupo e rivais que contrariassem suas ordens.
De acordo com áudios obtidos pela reportagem do Fantástico mostram como ela coagia comparsas. “Vou começar a matar para essas desgraças pagarem. Pode avisar que quem não pagar, vai pagar com a vida”.
Papel estratégico
Poliane é apontada pela Polícia Civil como integrante da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), com atuação na Bahia e conexões no Rio de Janeiro e em São Paulo. As investigações revelam que ela exercia papel estratégico no grupo, atuando na transmissão de ordens, articulação territorial, cobranças internas e na ponte direta entre presos do sistema penitenciário e lideranças que atuam fora.
A polícia afirma ainda que a advogada mantinha um relacionamento íntimo com Leandro de Conceição Santos Fonseca, o “Shantaram”, considerado chefe da facção e atualmente custodiado no Presídio de Segurança Máxima de Serrinha, a cerca de 190 km de Salvador.
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Operação Rainha do Sul
A prisão da advogada faz parte da Operação Rainha do Sul, deflagrada pelo Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). A ofensiva tem como foco desarticular o núcleo financeiro e a coordenação da organização criminosa. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em cinco estados: Bahia, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Três dos alvos já estavam encarcerados.
Na Bahia, as ordens judiciais miraram responsáveis pela contabilidade do tráfico, gerentes que comandavam áreas em Salvador, Feira de Santana, Lauro de Freitas, Camaçari e outros municípios, além de operadores encarregados do transporte, armazenamento e distribuição de armas e drogas.
As equipes apreenderam R$ 1 milhão em joias de ouro, e a Justiça determinou o bloqueio de R$ 100 milhões em contas bancárias ligadas ao esquema. Também foram proibidos de uso sete veículos, uma moto aquática, um haras com cavalos de raça e uma usina de energia solar, juntos avaliados em R$ 1 milhão.
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