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CADEIA CRIMINOSA

Metanol: polícia investiga uso de combustível adulterado em bebidas

SSP investiga etanol adulterado comprado em postos ligados ao PCC

Redação

Por Redação

10/10/2025 - 18:18 h
Imagem ilustrativa da imagem Metanol: polícia investiga uso de combustível adulterado em bebidas
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Autoridades de São Paulo investigam uma possível ligação entre a contaminação de bebidas alcoólicas com metanol e uma cadeia criminosa que começa na adulteração de combustíveis e termina na falsificação de bebidas.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP/SP), há indícios de que o etanol usado na fabricação das bebidas contaminadas tenha sido comprado em postos de combustíveis envolvidos em práticas ilegais, como adulteração de produtos e lavagem de dinheiro, atividades atribuídas à facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

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A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 10, pelo secretário da SSP de São Paulo, Guilherme Derrite, durante coletiva à imprensa. “O crime organizado adulterava o etanol para obter lucro, e esse produto contaminado acabou sendo utilizado por falsificadores na produção de bebidas alcoólicas ilegais”, afirmou.

Ainda conforme Derrite, os responsáveis podem responder por crimes como associação criminosa e até homicídio culposo. O caso está sob acompanhamento do Ministério Público, que deve decidir sobre o avanço das investigações.

As investigações tiveram início após a morte do empresário Ricardo Lopes Mira, 54 anos, primeira vítima registrada no estado. Até agora, cinco óbitos já foram confirmados. A polícia apreendeu no bar onde Ricardo consumiu a bebida alcóolica, nove garrafas de bebida, oito dessas tinham metanol em níveis entre 14,6% e 45,1%.

Laudos da Polícia Técnico-Científica revelaram que algumas garrafas apreendidas continham somente metanol, sem qualquer indício de álcool etílico na composição. Ao todo, 1.800 garrafas foram confiscadas em operações pelo estado. Dentre as 300 já analisadas, cerca de 50% apresentavam teores de metanol entre 10% e 45%.

Em depoimento à polícia, o dono do bar confessou que comprava as bebidas de uma distribuidora não autorizada, atualmente sob investigação. As apurações indicam que essa distribuidora utilizava etanol adquirido em postos de combustíveis como base para a fabricação ilegal.

O secretário destacou a gravidade da cadeia criminosa. “O falsificador buscava etanol no posto para produzir bebida adulterada, mas o combustível já estava contaminado com metanol desde a origem”.

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No fim de setembro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que os casos de contaminação por metanol tinham origem em uma falha estrutural do sistema de fiscalização e controle, descartando, naquele momento, qualquer vínculo direto com ações do crime organizado.

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