MISTÉRIO
Simões Filho: perícia com luminol marca buscas por desaparecidas
Denúncia aponta que Tâmara e Mayane foram mortas por um homem conhecido como Índio

Por Andrêzza Moura

Equipes do Corpo de Bombeiros intensificaram as buscas por Tâmara Trindade da Silva, 28 anos, e Mayane Coelho Brandão, 20, nessa quarta-feira, 1º de outubro, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS). De acordo com uma fonte policial, as buscas ocorreram em vários locais, incluindo uma perícia em uma área suspeita, com o uso de luminol - substância que revela vestígios ocultos de sangue em cenas de crime.
"Hoje [quarta-feira, 1º] teve buscas pelas desaparecidas em locais possíveis de serem encontradas, o Corpo de Bombeiros Militar deu apoio às buscas. Foi agendada para hoje uma perícia com luminol no suposto local, onde informantes disseram que ocorreu o homicídio das vítimas", afirmou a fonte, sob anonimato.
As jovens estão desaparecidas desde a última quinta-feira, 25 de setembro, quando foram vistas pela última vez em um estabelecimento comercial no bairro Cia II. Na ocasião, câmeras de segurança da região registaram imagens delas conversando com dois homens. Tanto as amigas, quanto os homens deixaram o local em motos.
Informações preliminares dão conta de que Tâmara e Mayane foram mortas por um homem de prenome Jonas, mais conhecido como Índio. No entanto, a fonte policial revelou que ainda é prematuro afirmar a ligação dele com o crime.
"Tem informação de que ele [Índio] foi visto com as vítimas na noite que antecedeu os fatos. Ainda é cedo para falar de motivação e outros elementos pois não foram encontradas as vítimas que, até então, estão como desaparecidas e não vítimas de homicídio. Não tem prova material de que houve homicídio. Por isso, não dá pra imputar a ele [Índio] o cometimento do crime. Mas, ele esteve junto com as vítimas momentos antes", explicou.
Amigas
Tãmara e Mayane se conhecem há quatro anos e costumavam passar muito tempo juntas. A família de Mayane informou que ela saiu de casa, no bairro Ponto Parada, no dia 18 de setembro, para ficar na residência de Tâmara, no Cia II, como era habitual. O último contato de Mayane com familiares ocorreu, na quarta-feira, 24, um dia antes do desaparecimento.
Na noite do sumiço, as jovens foram vistas saindo para beber em um depósito de bebidas localizado em frente a um cemitério. Câmeras de segurança registraram que, por volta da meia-noite da sexta-feira, 26, as duas saíram em uma motocicleta Honda PCX, pertencente a uma delas, e foram seguidas por outra moto com dois homens. Os celulares das vítimas estão incomunicáveis desde então.
Tâmara trabalhava como atendente em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) em Salvador, enquanto Mayane, mãe de uma criança pequena, não tinha emprego fixo. As famílias relatam preocupação e pedem ajuda para encontrar as jovens.
Informações não confirmadas indicam que os corpos podem ter sido enterrados próximo a um pé de jambo na região da Fazenda Nova, em Pitanguinhas, reforçando a urgência das buscas.
Leia Também:
Investigações
As investigações estão sob responsabilidade do delegado Jader Oliveira, titular da 22ª Delegacia Territorial de Simões Filho. Em entrevista, o delegado afirmou: "estamos apurando o caso e não podemos dar informação da investigação. Mas avançamos".
A corporação solicita que qualquer informação sobre o paradeiro das jovens seja encaminhada pelo disque denúncia 181. Até o momento, as buscas seguem em locais considerados possíveis para localizar Tâmara e Mayane.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes