VIOLÊNCIA POLÍTICA
Suplente é preso por planejar morte de vereador para assumir cadeira
Vereador sofreu dois atentados

Por Andrêzza Moura

Uma disputa política em Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, ganhou contornos de thriller policial após a Polícia Civil prender, na terça-feira, 9, um suplente de vereador acusado de mandar matar o parlamentar Ronildo Mendes Barbosa, 51 anos, o Ronildo Meu Povo (Solidariedade), para assumir seu lugar na Câmara Municipal.
Um segundo suspeito, identificado como o responsável por executar o atentado, também foi preso. De acordo com informações da Polícia Civil, o suplente, de 31 anos, seria o mentor das ações criminosas, enquanto o outro homem, de 62, teria atuado diretamente na realização dos ataques. Os nomes deles não foram revelados.
Os ataques ocorreram em 15 de outubro e 11 de novembro. No primeiro, Ronildo foi alvo de disparos e conseguiu escapar ao se esconder em uma área de mata. No segundo, os criminosos foram até a casa do vereador, incendiaram o veículo do caseiro e deixaram estojos deflagrados próximos ao imóvel, em um gesto interpretado como ameaça explícita.
Na operação desta semana, os policiais apreenderam uma arma de fogo, munições e celulares. Todo o material será periciado.
O delegado Richard Gutemberg Silva afirmou que a motivação é política. Segundo ele, o suplente monitorava os deslocamentos de Ronildo, especialmente em dias de sessão na Câmara Municipal, para encontrar a oportunidade de executar o plano e, assim, assumir a vaga no Legislativo.
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As investigações continuam para esclarecer eventuais outros envolvidos e todos os detalhes da articulação criminosa que, segundo a polícia, pretendia transformar disputa por espaço político em alvo de violência.
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