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POLÍCIA

Treino militar e assassinatos autorizados: como o CV atua nas comunidades

Faccionados do Comando Vermelho demonstraram capacidade e coordenação militar

Gustavo Zambianco

Por Gustavo Zambianco

30/10/2025 - 15:06 h
Operação Contenção
Operação Contenção -

Meses antes da megaoperação que resultou em 121 mortos no complexo da Penha e do Alemão, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC) reuniu diversas provas que mostram como a facção do Comando Vermelho (CV) atuava nas comunidades atingidas pela Operação Contenção.

Conversas interceptadas com autorização judicial, vídeos e registros de celulares apreendidos revelaram como decisões sobre a vida e a morte eram tomadas sem nenhum filtro.

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De acordo com as investigações as ordens partiam de um dos nomes mais altos da facção, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, e Pedro Paulo Guedes, o Pedro Bala, e eram repassados para subordinados que cumpriam as determinações.

Ao lado desses, no 1º escalão do Comando Vermelho, também estariam Carlos Costa Neves, o Gardenal, apontados como gerentes-gerais do tráfico na região. Washington Cesar Braga da Silva, o Grandão, também aparece entre os homens de confiança de Doca.

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Em mensagens interceptadas, um dos homens de confiança de Doca, o traficante Washington Cesar Braga da Silva, o Grandão, adverte os outros membros sobre a necessidade da autorização para as execuções.

“Bagulho não é com nós. Vamos monitorar apenas, meus amigos. Ninguém dá tiro sem ordem do Doca ou do Bala. Vamos pegar a visão”, diz um dos trechos reproduzidos na denúncia.

Controle territorial

Nos materiais interceptados, integrantes da facção demonstram extremas capacidades de coordenação militar e absoluto domínio territorial. Imagens mostram homens fortemente armados circulando por becos e entradas das favelas.

Tortura como regra

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), os traficantes Doca, Grandão e Gardenal, utilizavam de grupos no WhatsApp para emitir e diversas ordens que englobam:

  • Torturas;
  • Comercialização de drogas;
  • Escalas nos pontos da comunidade;
  • Execuções, essas ordenadas em tempo real por lideranças que acompanhavam as punições por chamadas de vídeo.

Um dos episódios que chamou a atenção dos investigadores envolve um traficante nomeado como BMW, apontado como o executor das penas impostas pela facção. Em um dos vídeos interceptados, um homem é arrastado pelas ruas algemado e amordaçado, enquanto suplica para não morrer.

Homem sendo torturado pelo CV por videochamada
Homem sendo torturado pelo CV por videochamada | Foto: Reprodução

Outro tipo de tortura ulilizada pelo CV para pessoas que apresentarem um comportamento considerado desagradável para os criminosos nos bailes funk é o tonel de gelo. Um método que os policiais classificam como tortura com intenção de humilhação pública.

Moradora sendo torturada com gelo pelo CV
Moradora sendo torturada com gelo pelo CV | Foto: Reprodução

Treinamento armado

A investigação ainda constatou que o grupo utiliza áreas isoladas do morro para fazer o treinamento de novos atiradores com fuzis. Imagens analisadas mostram jovens disparando contra garrafas com a supervisão do traficante BMW.

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Tags:

megaoperação Operação Contenção Polícia Civil Rio de Janeiro

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